quinta-feira, 13 de março de 2008

Crise...Na Igreja?!...






Crise...Na Igreja?!...


Lendo o Evangelho, constatamos que incompreensões e perseguições acompanharam toda a vida de Jesus. O Mestre Divino alerta seus discípulos:


" Hão de perseguir-vos por causa do meu nome... Sereis traídos até por vossos familiares... Sereis odiados..." ( cf. Lc. 21, 12-18)


E acrescenta:


" No mundo tereis tribulações, mas tende coragem, eu venci o mundo" ( Jo 16, 33).


Atos, em suas páginas, relata constantes perseguições à Igreja nascente. As perseguições geram a dispersão dos cristãos. Por onde passam e fixam residência, pregam e evangelizam. As conversões se multiplicam, as curas acontecem e novas comunidades cristãs nascem e florescem.


Assim começou a Igreja. E assim viveu a Igreja até hoje. Ultimamente os ataques à Igreja recrudescem, conform a mídia informa. Multiplicam-se notícias dolorosas, envolvendo sacerdotes.


A pedofilia real ou supostamente divulgada pela mídia e muitas vezes generalizada a toda a classe. se o fato é motivo de sensacinalismo para a mídia, conclui-se que o acontecimento é raro.


Se há um médico sem ética profissional, vamos condenar toda classe?....


Se um marido trai a esposa, podemos afirmar que todos os maridos são adúlteros?...


Quanta injustiça, se o fizéssemos!!!!!


Não se nega a veracidade dos fatos, pois a Igreja é composta de homens com falhas, que vivem numa sociedade erotizada. Faz-se mister uma adequada preparação espiritual, psicológica e afetiva do ministro, uma seleção melhor dos candidatos ao sacerdóio. A Igreja, que, há séculos defende o celibato, pode fixar critérios e dar instruções sobre a idoneidade para o exercício do sacerdócio. Quem entra em suas fileiras sabe a que veio e faz livremente sua opção. Não se admite ficar com um pé em cada canoa. Quantos abandonaram o ministério sacerdotal, se laicizaram e constituíram família e mostram gratidão pela formação que receberam no seminário, conservaram a fé, atuam nas pastorais... e até sentem saudades da vida sacerdotal. Esses não aparecem nos jornais, nem são entrevistados!...


O crime deve ser punido, a justiça deve ser feita, mais acima da fraqueza humana reina a misericórdia divina. Condenamos o erro, amamos o pecador e usamos de misericórdia com o arrependimento. Devemos corrigir o erro, punir o faltoso, desmascarar o caluniador e orientar-nos pelo Evangelho.


Em assunto de anomalias e aberrações sexuais, é preciso andar com cuidado. As coisas se confundem, as fantasias substituem a notícia e a apuração se complica. A cobertura jornalística faz análises precipitadas, traz interpretações generalizadas e paira no ar a injusta sensação de que todos os religiosos estão sob suspeita. Há acertos e exageros jornalísticos... Trata-se de uma minoria inespressiva do total do clero. E jornalisticamente a mídia omite este dado. É abuso de notícia !... Não podemos esquecer que milhares de sacerdotes são fiéis ao celibato.


A sociedade manifestou repulsa ao pediatra pedófilo preso em SãoPaulo... anomalias sexuais sempre existiram e hoje ganham mais publicidade com a rapidez da mídia. Estatisticamente os abusos sexuais acontecem, na imensa maioria, no ambiente familiar... onde não há compromisso de celibato(!) Há pai, tio, padastro, irmão, primo que se aproveita de menores... Sevicia quem mora com a vítima... A desconfiança se espalha... O perigo ronda na rua, no consultório, na escola, na sacristia...


Recomenda-se aos pais maior presença na vida dos filhos, que dialoguem constantemente com os filhos, que fiquem atentos a reações estranhas, que saibam com quem andam e onde estão...

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