segunda-feira, 10 de março de 2008

Aprendendo com a Liturgia.




Aprendendo com a Liturgia.

Estamos na quaresma, período de preparação para a Páscoa. è um tempo de penitência e conversão. Mas vamos falar das mais importantes celebrações do Tríduo Pascal: A Missa da Ceia do Senhor, mais conhecida como Missa do Lava pés.


Missa da Ceia do Senhor.

A missa da Quinta feira santa é marcada, sobretudo, pela celebração da instituição da Eucaristia, que acontece na última ceia do Senhor.

Por este motivo a celebração é chamada " Missa da Ceia do Senhor".

Nela também acontece o rito do lava pés, como símbolo do amor de Jesus a serviço dos homens. No entanto, esse rito serve apenas como um eemplo do amor de Jesus que se entregou á morte para nos salvar, e se fez pão para nos alimentar.

O rito do lava pés pode, inclusive, ser omitido na celebração, como acontece em algumas comunidades muito pequenas, já que o grande mistério que vamos celebrar é a Instituição da Eucaristia.
A Ceia Judaica.
Quando as famílias judaicas se reúnem para a Ceia Pascal, destacam a saída de seu povo do Egito, a caminho da Terra Prometida, ou seja, a passagem da escravidão para a liberdade. Na última noite na terra dos faraós, obedecendo às ordens dadas pelo Senhor a Moisés, os israelitas celebraram pela primeira vez - e antecipadamente - essa passagem salvadora.
Receberam a ordem de degolar um cordeiro de um ano, comê-lo de pé, com pãezinhos ( sem fermento), prontos para viajar. Com o sangue do cordeiro marcariam as portas de suas casas, que serviria de sinal para o anjo exterminador.
" Este dia será para vós uma festa memorável, em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua" (Ex 12, 12-14).
O povo escolhido guardou com fidelidade essa ordem do Senhor. Ao se reunir anualmente para a celebração pascal tinha consciência de que estava fazendo memória da saída do Egito.
" Fazer memória" é muito mais do que recordar acontecimentos passados. É fazê-los presentes e vivê-los hoje. " Naquele dia explicarás a teu filho: Isto é pelo que o Senhor fez por mim ao sair do Egito" (Ex 13,8).
" Pelo que o Senhor fez por mim..." Cada pessoa tinha, pois, uma certeza: de certa maneira, eu estava presente naquela noite de libertação. A salvação acontece hoje, comigo.
No dia de hoje, Deus está passando em meus caminhos para me salvar.
Os apóstolos, judeus que eram, assim como Jesus, celebravam a Páscoa. Assim, diante da proximidade dessa festa tomaram a iniciativa e perguntaram ao Mestre: " Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?" (Mt 26,17). Jesus lhes deu as instruções e eles as executaram.
A NOVA E DEFINITIVA ALIANÇA.
Na noite de Quinta-feira Santa, reunido com os apóstolos, Ele lhes abriu o coração. Em poucas oportunidades expressou tão abertamente seus sentimentos:
" Ardentemente desejei comer convosco esta ceia pascal, antes padecer!"
(Lc 22,15)
E foi além do que estava prescrito no ritual judaico. Ao tomar o pão disse:
" Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim".
Jesus não estava deixando à comunidade apenas uma série de ensinamentos e lembranças: era sua própria pessoa que Ele oferecia. Seu sangue seria derramado para a celebração de uma nova e definitiva aliança.
Os primeiros cristãos guardaram a ordem do Senhor e eram " assíduos à fração do pão"
( At 2,42).
Eles entederam que fazer memória era viver a Páscoa, a passagem libertadora de Deus, cadavez que participassem da santa missa. Sabiam que pela calebração da eucaristia. Deus estava passando no meio de seu povo, libertando-o do pecado e da morte, e abrindo-lhe perspectivas eternas.

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