sexta-feira, 28 de março de 2008

Cristo morreu, Cristo ressuscitou,Cristo voltará - Aleluia! É o tema do louvor e adoração de toda reflexão daIgreja para este mês. Tenho percebido que não há proclamação mais poderosa que esta na face daTerra. Aqui se encontram compiladasas verdades mais profundas de nossafé e o Pai quer que as usemos comoarmas que arrasa fortificações, comoo motivo de levantarmos nossas mãosAleluia!Aleluia!Aleluia! Cristo está vivo!fatigadas, nossos joelhos trêmulos para o louvor de sua glória e paraedificação do Reino de Deus.Cristo morreu, Cristo ressuscitou, Cristo voltará.Restaurados e consolados pelo mistério da Páscoa do Senhor, não deixemos que as aparências quenos desanimam, nos enganem. ORessuscitado está conosco, étempo de reafirmarmos nossa vocação batismal e não relaxarmos o zelo para com aobra do Senhor. A autenticidadede nossa vocação e o testemunho garantirá a bênção do Senhor sobre nós e sobre esta Igreja -Nossa Senhora da Luz.Que Deus nos abençoe

quarta-feira, 26 de março de 2008

O ADMINISTRADOR INFIEL - TEOR DA PARÁBOLA


(Lc 16, 1-9)


Jesus contou aos seus discípulos a estória de um homem
administrador de grande fazenda, em que se cultivavam cereais e
oliveiras. O respectivo proprietário vivia na cidade distante, de modo
que delegava amplos poderes ao seu ecônomo: tratava com os
colonos e clientes do seu patrão; alugava, vendia e comprava a seu
bel-prazer.
Um dia o procurador foi chamado ao escritório do seu patrão, que
lhe disse secamente: "Chegaram-me aos ouvidos péssimas
referências a teu respeito: tens esbanjado os meus bens. Presta
contas da tua administração, pois estás intimado a sair do cargo". Isto
se entende desde que se leve em conta que os orientais não
conheciam o controle regular das finanças.
Verifica-se que o administrador era, sim, desonesto, mas também
leviano; levava vida fácil e alegre, jogando com os bens de que
dispunha cada dia, sem mesmo se preocupar com o amanhã ou com
o seu próprio enriquecimento. Era o homem "não sábio", insensato,
que, ao ser demitido, se viu dolorosamente embaraçado: nada tinha
para garantir o seu futuro, pois simplesmente dilapidava os bens do
patrão. Levou, pois, um grande susto!
Pôs-se então a monologar consigo mesmo: não se desculpava,
mas reconhecia a sua culpa. Que faria doravante? Cavaria a terra?
Mendigaria? Nem uma coisa nem outra; o procurador, que fizera as
vezes de senhor de boa categoria social, tinha vergonha; ademais,
para cavar a terra, faltavam-lhe as forças e o hábito; quanto a
mendigar, parecia-lhe duplamente vergonhoso, depois de uma vida
abastada; com efeito, os judeus consideravam a mendicância como
castigo de Deus; ver Eclo 40,28s: "Filho, não vivas mendigando: é
melhor morrer do que mendigar. Ao homem que olha para a mesa
alheia, a vida não deve ser contada como vida".

De repente, o procurador descobriu um artifício astuto para se livrar das dificuldades. Chamaria cada um dos devedores do patrão e
diminuiria a sua dívida; quem aceitasse tão vantajosa negociata,
ficaria depois obrigado a receber em sua casa o administrador
demitido e carente de apoio. Assim o desonesto ecônomo aproveitou
os últimos dias de sua gestão não para devolver o que roubara, mas
para roubar mais ainda, só que, dessa vez, com proveito para si, com
previdência, com esperteza, ele que sempre roubara com leviandade
e futilidade. Compreende-se que os credores tenham aceito prontamente a "interessante" proposta do administrador, sem pensar
talvez nas obrigações que contraíam para com ele num futuro
próximo. Notemos, aliás, o estilo do diálogo do ecônomo com os
devedores: começa pela pergunta: "Quanto deves ao meu senhor?",
pergunta retórica, pois o administrador devia saber o montante; a
questão, porém, era válida para recordar ao devedor a importância
da sua dívida; reconheceria melhor o vulto do favor que lhe era prestado
pelo ecônomo astuto.Há quem explique de outro modo a negociata de
16,5-7: segundo o costume, tolerado na Palestina naquela época,
dizem, o administrador tinha o direito de conceder empréstimo com os
bens do seu senhor. E, como não era remunerado, ele se indenizava
aumentando, no recibo, a importância dos empréstimos. Assim na
hora do reembolso ficava com a diferença como se fosse seu
honorário ou seu juro. No caso da parábola, portanto, ele não havia
emprestado senão cinqüenta barris de óleo e oitenta medidas de trigo.
Colocando no recibo a quantia real, ele apenas estava se privando do
benefício que lhe tocaria segundo o costume vigente. Sua
desonestidade, portanto, não consistiria na redução de dívidas
devidas ao patrão, mas nas ações fraudulentas anteriores que
provocaram a sua demissão.

Este modo de entender o comportamento do administrador parece
um tanto artificial e arbitrário; pode-se perguntar: onde é que o texto
evangélico o fundamenta...? Mais lógica e óbvia parece-nos ser a
clássica interpretação: o administrador negociou desonestamente com
o dinheiro do patrão até o último dia da sua gestão.

O proprietário dispensou o procurador. Tomou então consciência
da fraude astuta; mas já era tarde para invalidá-la. Por isto, embora
sofresse o dissabor da lesão, ainda quis reconhecer a esperteza ou
habilidade do ladrão; não fora um ladrão bobo... "O senhor louvou o
administrador desonesto por ter agido com prudência" (v. 8a). "O
senhor", no caso, não é Jesus, mas o patrão lesado, que reconheceu
a fraude com espírito de humor.
Jesus, porém, acrescentou:"... pois os filhos deste século são
mais prudentes com a sua geração do que os filhos da luz" (v. 8b).
Que significa isto?

"Os filhos deste século" é expressão semita equivalente a "homens absorvidos pêlos interesses materiais ou temporais".

Estão em contraste com "os filhos da luz", sinônimo de "filhos de
Deus" (cf.1Jo 1,5), homens voltados para a prática do bem e da
honestidade. "Mais prudentes" quer dizer: "mais espertos, hábeis,
conscientes"; "com sua geração", isto é, com seus semelhantes. — As
palavras de Jesus exprimem um fato que até hoje se verifica: os maus
são mais finórios e sagazes na promoção dos seus interesses maus
ou meramente materiais do que os bons no serviço dos verdadeiros
valores e do próprio Deus. Já dizia Pio XII que o grande escândalo
dos nossos tempos é que os bons "estão cansados", ao passo que os
maus trabalham muito; pode parecer que a procura dos bens
materiais empolga mais os pecadores do que a procura dos bens
espirituais empolga os justos; os maus têm mais zelo pelo que é mau,
do que os bons pelo que é bom. Exemplo disto seria o administrador
desonesto que soube encontrar hábeis recursos para se manter
impune na fraude até o fim; seria para desejar que os bons o
imitassem na promoção do bem; "Aqueles correm em demanda de
uma coroa perecível; nós em demanda da imperecível", diz São Paulo
(1Cor 9,26). É bem de notar que Jesus não manda cometer o mal,
mas sim praticar o bem, todavia com o interesse e o empenho que os
maus aplicam para a promoção do mal. Lembremo-nos de que,
paralelamente, Jesus exorta os seus discípulos a ser hábeis como as
serpentes (cf. Mt 10,16).

Segundo alguns comentadores, a parábola termina no v.8. Cremos, porém, que o v.9 a integra como conclusão tirada por Jesus:
"E eu vos digo: fazei amigos com o dinheiro da iniqüidade, a fim de
que, no dia em que faltar, eles vos recebam nas tendas eternas". Esta
frase, aparentemente misteriosa, quer dizer o seguinte:

"Dinheiro da iniqüidade" é expressão semita que designa o
dinheiro como tal,... dinheiro que em si é algo de neutro (moralmente,
nem bom nem mau), mas que muitas vezes é iniqüamente utilizado
pelos homens; daí dizer-se "dinheiro iníquo" (1). Jesus faz do dinheiro
um símbolo dos bens ou talentos que cada um de nós possui (tempo,
saúde, dotes pessoais...); e exorta-nos a que, com esses bens,
pratiquemos obras boas (Vaçamos amigos") que nos mereçam o
ingresso na vida eterna ("tendas eternas")(2) . Sejamos tão zelosos
quanto os filhos das trevas, para realizar o bem enquanto é tempo, ou
enquanto a graça de Deus nos possibilita preparar nossa vida
definitiva; temos aqui um convite para acumular tesouros no céu, seja
por meio da esmola, seja mediante outras obras boas; ver Lc 12,33;
18,22.
(1)O texto grego diz 'mamona da iniqüidade*. Mamona vem da raiz aramaica mn (-aquilo em que se pode confiar, ou que ó seguro). Entra os judeus, significa posses ou propriedades, não raro em sentido pejorativo.
(2)"Habitar em tendas* é uma imagem que designa a mansão de Deus ou, sem metáfora, a bem-aventurança final; ver Mc 9,5; At 15,16; Ap 7,15; 21,3.


Os rabinos costumavam dizer que as boas obras são nossos intercessores: "Aquele que cumpre um mandamento, adquire para si um intercessor" (R Abn. 4,11).
"Donde vem que as esmolas e as obras de caridade sejam um grande intercessor? * (Tos. Pea 4,21).
Procuremos agora definir claramente os ensinamentos da parábola.

Lição 2: A interpretação da parábola
A parábola do administrador iníquo, que freqüentemente causa dificuldades aos intérpretes, é portadora de profundos ensinamentos.
Devemos observar, antes do mais, que é uma parábola a contraste..., parábola em que o Senhor propõe uma imagem negativa, hedionda, que, por contraste, significa algo de positivo e muito belo. Assemelha-se ao negativo de uma fotografia, que deve ser revelada, de tal modo que os respectivos traços pretos se tornarão brancos. Há outras parábolas deste gênero no Evangelho: em Lc 18,1-8 o juiz cínico é figura, por contraste, do Senhor Deus (que é o contrário do cinismo); em Lc 11,5-8 o amigo comodista é símbolo do próprio Deus (o Amigo que primeiro nos amou; cf. 1Jo 4,19); em Lc 11,11-13 o pai da terra, deficiente como é, simboliza o Pai do céu (que é perfeito). — No caso de Lc 18,1-9 Jesus propõe um homem que é fraudulento e leviano, fútil; um dia leva um susto, que o obriga a pensar sobre o sentido da vida; converte-se então, nos poucos dias que lhe restam, da futilidade e insensatez para a sabedoria e habilidade, sem porém deixar de ser desonesto. Com outras palavras: temos a história da fraudulência leviana que se converte em fraudulência atenta e sábia, em conseqüência de um susto que ainda lhe deixou poucos dias para se converter. Ora Jesus nos diz que essa estória ó imagem do que nós devemos fazer, nós que queremos ser filhos da luz e não filhos das trevas. Propensos à superficialidade e à rotina de vida, saibamos aproveitar os sustos que a Providência permite em nossa existência a fim de nos convertermos à sabedoria, sensatez e profundidade do coração.
Eis o esquema correspondente:
1) Filho deste mundo

Fraudulência insensata susto Fraudulência sensata
Prazo

2) Filho da Luz

Cristãos levianos susto cristãos mais sábios
Prazo

Mais precisamente formulemos as seguintes conclusões:






A parábola do administrador iníquo está na linha das do rico
proprietário de Lc 12,16-21, e do ricaço de Lc 16,19-31: ensina-nos a
olhar os bens deste mundo com sabedoria, isto é, a partir da
eternidade ou à luz do definitivo, a fim de não sermos surpreendidos
pela morte. Acrescenta, porém, às anteriores um elemento novo. Após
o susto ou a desinstalação, ainda há um prazo para a conversão e o
recomeço: Deus é paciente e misericordioso; antes de aplicar a justiça
definitiva, Ele concede oportunidades de emenda.
Assim a parábola vem a ser uma exortação à conversão (a sua tônica
está neste traço)..., conversão não tanto do pecado grave para a
virtude, mas sim da virtude levianamente praticada para a virtude
exercida com pleno fervor. O fervor heróico pode tomar aspectos
diversos no decorrer da história do Cristianismo. Eis a propósito, dos
Padres do deserto (século IV):
Certa vez um grupo de jovens monges foi procurar o abade Isquirião
no deserto para pedir-lhe orientação. Após narrar o seu modo de vida
austera (jejuns, vigílias, trabalho manual...), perguntaram-lhe: "Quanto
vale a nossa vida?" Respondeu o ancião: "Vale a metade daquilo que
nossos Pais fizeram". Muito surpresos, indagaram os jovens: "E
aqueles que virão depois de nós, quanto valerão?" Disse Isquirião: "
Farão a metade do que nós fazemos". Mais atônitos, ainda
perguntaram os jovens: "E aqueles que virão depois desses, que
farão?" Respondeu o abade: "Farão menos ainda do que os
anteriores, mas sobrevirá a eles uma grande tempestade, e os que

permanecerem fiéis naquele tempo, serão maiores do que nós e os
nossos pais".

Esta despretensiosa profecia vem-se cumprindo. Com efeito; é
cada vez mais atenuada em nossos dias a prática de ascese corporal
rigorosa (talvez em virtude da agitação da vida e do enfraquecimento
das saúdes), mas nem por isto os cristãos contemporâneos estão
condenados à mediocridade; a Providência lhes oferece a
oportunidade de ser constantemente sacudidos e solicitados para uma
vida sábia, consciente e plena mediante a tempestade de propostas
filosóficas dentro e fora da Igreja; levam a procurar "atenuar" ou
"humanizar* as exigências da fé; quem lhes resiste, mobiliza
constantemente suas energias espirituais e sacode a rotina...

2) A parábola nos ensina, como outras já estudadas, a aproveitar
os bens que temos, não necessariamente o dinheiro, mas outros dons
de Deus... enquanto é tempo, enquanto somos peregrinos à luz desta
vida terrestre. "Hoje, Oxalá ouçais a sua voz... Não endureçais vossos
corações,... como vossos pais, que me tentaram, embora tivessem
visto as minhas obras" (SI 94,7-9). Não sabemos quantas vezes ainda
diremos "Hoje...". Daí a premência de aproveitar o presente.
3) Saibamos tirar proveito também dos sustos e reveses desta vida ou... até mesmo do pecado. Deus pode permitir o pecado para
que despertemos da inconsciência para um comportamento mais
definido e coerente. Tudo é graça no plano de Deus; tudo pode servir
à nossa salvação.
4) O grande mal que pode acometer um cristão é a mediocridade de vida, é a acomodação sem dinamismo. Para Deus, só pode haver
uma resposta condigna: doar-se totalmente, sem regateios. Diz o
Senhor: "Conheço a tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá
fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente,
estou para te vomitar de minha boca" (Ap 3,15s). O desfibramento da
vida cristã, que por si é extremamente dinâmica, é que causa a
perplexidade e a indiferença do mundo ateu. "Vós sois o sal da
terra...", diz o Senhor (Mt 5,13).

AS BODAS DE CANÁ


Pierre de Craon
'Et die tertia nupciae factae sunt in Cana Galileae;et erat mater ejus ibi.'(Jo II, 1)



Foi nas bodas de Caná que Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo seu comparecimento, estabeleceu o sacramento do matrimônio.
Repare-se que estas núpcias foram realizadas 'in die tertia', no terceiro dia. Ora, conforme nos explica e ensina São Paulo na sua Epístola aos Efésios (V,32), o Matrimônio é símbolo de um sacramento muito mais alto: o das núpcias de Cristo com a Igreja: 'Este mistério é grande, mas eu o digo em relação a Cristo e à Igreja'. Pois assim como o marido e a mulher têm filhos segundo a carne, assim Cristo e a Igreja geram os filhos de Deus.
São Tomás de Aquino, em seus esplêndidos 'Comentários sobre o Evangelho de São João' (Tradução, notas e Prefácio de M.D. Philippe O P., Edição Les Amis de Saint Jean, Rimont - Buxy , 1977), repete o que diz São Paulo: 'Em sentido místico, as núpcias significam a união de Cristo com a Igreja' (Ed. Cit. Cap. II, Lição I, nº 338, vol. I , p. 338).
Ora, toda geração cristã legítima se faz através do matrimônio. Era, pois, muito conveniente Cristo, cabeça divina da Igreja e seu Esposo, principiasse sua ação apostólica, pela instituição do matrimônio. Daí ter ele comparecido a essas núpcias, em Caná, juntamente com seus Apóstolos e com sua Mãe Santíssima. 'Et mater ejus ibi'. E sua mãe estava aí.
Também era muito próprio que isto ocorresse 'in tertia die', porque este era o terceiro dia em que Deus estabelecia uma união com os homens. Pois, no primeiro dia do homem, na manhã original da criação de Adão e Eva, Deus os abençoou e estabeleceu que eles deviam 'crescer e multiplicar-se' (Cfr.Gen. II, 28), a fim de que muitos participassem da vida e felicidade divinas. E esta foi, em certo sentido, a primeira aliança de Deus com o homem. E a esta primeira aliança o homem foi infiel quando cometeu o pecado original.
Num segundo dia, Deus firmou sua Aliança com Abraão (Gen. XII, 2-3), prometendo-lhe uma grande descendência, assim como a sua benção e proteção. Foi dessa aliança que nasceu o povo eleito, com o qual Deus firmou seu pacto no Sinai.
Agora, 'in die tertia', Cristo instituía o sacramento do Matrimônio, imagem de suas núpcias eternas com a Santa Igreja.
E São Tomás, comentando essa expressão – 'in die tertia' – diz que o primeiro dia foi o da lei natural; o segundo foi o da lei de Moisés; e o terceiro foi o dia da graça (Op. e ed. Cits. Cap. II Lição I, nº 338, p. 325).
Esta ação de Cristo se deu em Caná da Galiléia. Ora, Caná significa zelo, e o nome Galiléia tem raiz em Galut, que significa exílio. Porque, a Sabedoria divina exilando-se do céu, encarnou-se em Cristo, para , ardendo em zelo, vir a esta nossa terra de exílio, a fim de salvar os homens.
E Deus, Nosso Senhor, se encarnou para salvar a todos os homens, e não apenas os judeus. Por essa razão, Ele nasceu na Judéia, mas fez seu primeiro milagre e começou sua pregação na Galiléia. Ora, a Galiléia era mal vista pelos judeus, porque, depois do Cisma das Dez Tribos, ela pertencera ao Reino de Israel, e este Reino separara-se do culto oficial judaico no Templo de Jerusalém. Além disso, a Galiléia estava em próximo contato com as nações pagãs, sofrendo a influência dos fenícios idólatras. Por todas estas razões é que Natanael duvidou que o Messias pudesse vir de Nazareth, perguntando : 'De Nazareth pode, porventura, sair coisa que seja boa ? ' ( Jo. I, 40).
E, entretanto, foi naquela que era chamada a 'Galiléia das nações', isto é, o exílio das nações, foi lá que cristo estabeleceu suas núpcias com a Igreja, porque, após a apostasia de Israel, Deus faria sua aliança com os gentios, no exílio.
Era, pois, entre os galileus, embora menos desprezados que os samaritanos pelos judeus, que Cristo ia iniciar a sua pregação. Queria Ele demonstrar assim que seu zelo não se limitava aos judeus, descendentes de Abraão, mas que Ele vinha, ao terceiro dia, para salvar todos os filhos de Adão.
Os noivos de Caná eram judeus, membros da Antiga Aliança, e suas núpcias se davam ainda de acordo com a Lei de Moisés e os costumes da Sinagoga. Eles representavam então as núpcias de Deus com a Sinagoga, que São Paulo comparou com as núpcias de Abraão com sua escrava Agar, e a de Jacó com Lia. Agar era a escrava e não a esposa legítima e primeira, e Lia tinha os olhos doentes e, por isso, não via bem. Assim, a Sinagoga foi a escrava e não a verdadeira esposa, e, quando chegou o Esposo, ela não o reconheceu, porque não viu nEle a realização das profecias, Ela 'foi cega ao meio dia', hora em que levantaram Cristo na cruz no Calvário. Pois, como o próprio Moisés profetizara, caso Israel fosse infiel: ' O Senhor te fira de loucura e de cegueira e de frenesi, de sorte que andes às apalpadelas ao meio dia, como um cego costuma andar às apalpadelas nas trevas, e não acertes os teus caminhos' (Deut. XXVIII, 29). E Isaías confirmou isto ao profetizar: 'Tira para fora o povo cego, apesar de ter olhos, o povo surdo, apesar de ter ouvidos' ( Is. XLVII,8).
Mas Sara, a esposa legítima, foi abençoada, mesmo que seu filho tivesse nascido depois do filho da escrava. E Raquel, a segunda esposa de Jacó, mas que ele desejara 'desde o Princípio', Raquel tinha olhos claros e que voam bem, por isso o seu nome significa visão de Deus, e seu filho foi o preferido de seu esposo.
No Templo de Jerusalém, o povo da Antiga Aliança ofertava a Deus bois e cordeiros, o sangue e a gordura deles. Eram sacrifícios puramente materiais que faziam para reconhecer o senhorio de Deus sobre tudo o que possuíam. Estes sacrifícios simbolizavam o sacrifício que ia ser realizado no Calvário, e repetido no sacrifício da Missa sobre os altares da Igreja.
Os sacrifícios materiais dos judeus tinham pouco valor intrínseco. De fato, de que servem para Deus carneiros e bois imolados? Ademais, nem estes pobres sacrifícios materiais os judeus faziam de coração puro e com generosidade, e tinham se tornado cegos a seu significado.
Este vazio dos sacrifícios judaicos foi simbolizado no fato de que, em Caná, o vinho da festa de núpcias acabara nas urnas de pedra dos judeus. A incomparável superioridade do valor sacrifício de Cristo no Calvário e nas Missas – sacrifícios de valor infinito porque neles se imola o próprio Filho de Deus – é figurada na superioridade imensa do vinho feito miraculosamente por Cristo, em Caná, sobre o vinho que fora servido inicialmente aos convivas judeus.
Nas bodas de Caná, estavam presentes os Apóstolos de Cristo e sua Mãe Santíssima que eram membros do povo judeu, fiéis à revelação e à lei mosaica. Eles eram os restos fiéis do povo eleito, que sofriam com a decadência religiosa e moral dos filhos de Abraão, e com a cegueira dos sacerdotes, saduceus e fariseus.
Por essa razão, Nossa Senhora, cheia de zelo e de prestimosa caridade, é quem observa a Cristo: 'Eles não têm mais vinho' ( Jo, II, 3).
Falando da situação embaraçosa e humilhante em que se encontravam os pobres noivos de Caná, ela se referia, de fato e num plano superior, à situação lastimável do povo eleito, que já não tinha mais 'vinho' em seu coração, para ofertar a Deus no Templo. Era Israel como as virgens loucas da parábola, que já não tinham óleo em suas lâmpadas, quando chegou o esposo.
E que vinho era que faltava aos judeus?
São Tomás, no seu Comentário ao Evangelho de São João, que vimos citando, explica que aos judeus faltavam então três vinhos: 1º. o vinho da Justiça; 2º o vinho da Sabedoria; 3º o vinho da Caridade. Porque a Justiça dos judeus no Antigo Testamento era imperfeita, sua Sabedoria era em figura e não real, e sua Caridade não era filial, mas servil. (Cfr. São Tomás, Op. Cit. Cap. II, lição I, nº 347, vol. I, p. 332).
E por que estas virtudes foram comparadas por Cristo ao vinho?
O mesmo Aquinate no-lo explica dizendo: ' ...o vinho é áspero, e é a esse título que a Justiça é chamada vinho(...) por outro lado, 'o vinho alegra o coração do homem' (Sl. CIII,15). É nisto que a Sabedoria é vinho, porque sua meditação traz a alegria mais viva (...) 'Da mesma forma, o vinho inebria (...) por esta razão se diz que a caridade é um vinho(...) E a Caridade é dita ainda vinho em razão do ardor que ele produz' ( São Tomás, Op. Cit. Cp. II, lição I, nº 347, Ed. Cit., Vol. I, pp. 331-332).
Quando Nossa Senhora disse a Cristo : 'Eles não têm mais vinho', a resposta de Nosso Senhor à sua Mãe, à primeira vista, pareceria dura àqueles que não possuem verdadeira compreensão da Sagrada Escritura. Disse Ele: 'Quid mihi et tibi est, mulier? Nondum venit hora mea' _ 'mulher, que temos Eu e tu com isso? Ainda não chegou a minha hora'. ( Jo. II, 4).
Os protestantes se rejubilam, porque, segundo eles, Cristo teria dado uma resposta dura senão grosseira à sua Mãe, por chamá-la simplesmente de 'mulher' e não de Mãe. Na sua malícia esses protestantes nem se dão conta que, dizendo isso, estão acusando ao próprio Cristo Deus de faltar com a honra devida aos pais, como também de faltar com a virtude da mansidão.
Ora, examinando-se melhor a resposta de Cristo, se vê como ela é, de fato, elogiosa para com a Virgem Maria. Em primeiro lugar, convém lembrar que Ele a chamou de 'mulher', também no Calvário, dizendo do alto da Cruz: 'Mulher, eis aí o teu filho' ( Jo. XIX, 26).
Chamando-a de 'Mulher', Ele fala como Deus à sua criatura. Mas, ainda mais importante do que isso para compreender o texto, é que Cristo chama sua Mãe Santíssima de 'Mulher', para que todos reconheçam nela aquela 'mulher' que profetizou no Gênesis, quando amaldiçoou a serpente: 'Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua raça e a dela, e ela mesma te esmagará a cabeça' (Gen. III, 15).
Cristo, então, chama sua Mãe de mulher, para que todos reconheçam nela a mulher , aquela que esmagou a cabeça da serpente ao consentir na Encarnação do Verbo, 'Semine ejus', o Filho de Deus nascido de Maria Virgem. E assim como de Cristo se disse bem propriamente 'Ecce Homo' – Eis o Homem -- , assim também é próprio dizer da Virgem Maria Mãe de Deus: 'Ecce Mulier' , Eis a Mulher, Mater et Virgo, aquela que possui as duas perfeições mais importantes da 'Mulher': ser Mãe e ser Virgem.
São Tomás comenta que Cristo chama Maria de mulher, para mostrar que Ele era Filho de Deus e de uma mulher, a fim de combater todas as heresias gnósticas, como a dos maniqueus e a dos cátaros, que condenavam a matéria como sendo má em si, e obra do deus do mal. Por isso, maniqueus e cátaros condenavam a mulher, o casamento e a procriação. Afirmando-se também como filho de uma mulher, Cristo condenava as heresias que negariam a sua humanidade, como iam fazer os eutiquianos, que afirmavam ter tido Ele apenas um corpo aparente e não verdadeiro.
Por tudo isso, convinha muito que o Evangelho salientasse que ela era 'a mulher' e que afirmasse ser ela a mãe de Jesus: 'E Mãe de Jesus estava aí'. Por isso também São Paulo afirma? 'Deus enviou seu Filho, nascido de mulher' (Gal. IV,4). Maria, pois, foi a mulher e a Mãe de Jesus.
Cristo afirma que nem Ele nem ela tinham qualquer responsabilidade pela falta de vinho, nas bodas de Caná. Não fora nem por causa de Deus, nem por causa dos justos de Israel que o povo eleito já não tinha nem o vinho da Justiça, nem a Sabedoria, nem a Caridade. Se a Sinagoga estava carente de vinho para as suas núpcias com Deus, isto era por culpa exclusiva dos maus judeus, principalmente de seus príncipes e doutores. Nem Cristo, nem a Virgem tinham qualquer participação na culpa da Sinagoga, da qual não compartilhavam nem da culpa e nem da decadência.
Não chegara ainda a hora de Cristo. Esta hora suprema a que Ele se referia chegaria na Páscoa Santa na qual Ele instituiria o sacrifício da Nova Aliança, na Santa Ceia do Cenáculo e, pouco depois, no Calvário. Agora, em Caná, foi o pedido da Virgem que fez Ele antecipar a hora dos milagres, pois este é o poder da oração: como que 'forçar' a vontade de Deus, tal qual Jacó forçou o anjo a abençoá-lo. O que lhe valeu o misterioso nome de Israel, isto é, 'forte contra Deus' (Gen. XXXII,28). Não que a oração mude a vontade de Deus, mas Deus condiciona a doação de suas graças e de seus planos providenciais à súplica dos homens.
Maior do que a força de Jacó arrancando a benção do anjo foi a força da petição de Maria arrancando de Cristo, seu divino Filho, a antecipação de sua hora. Por isso, mais do que Jacó ela merece o nome de Israel, 'forte contra Deus'. Daí São Luís de Montfort, o grande Doutor mariano denominá-la de 'omnipotência suplicante'. E mais do que a ninguém vale para ela o que Cristo disse dos violentos: 'O Reino de Deus sofre violência, e todo dia os violentos o arrebatam' (Mt. XI, 12).
Neste caso do milagre de Caná, Ele quis demonstrar que a transformação da água em vinho – primeiro de seus milagres públicos na ordem natural – se deu por causa das súplicas de sua Mãe a Virgem Maria.
Que importância tinha, em concreto, o ter acabado o vinho numa festa em Caná da Galiléia naqueles longínquos tempos ? Que era Caná, mísera aldeia de uma mísera província desprezada até pelos judeus ? Que era a Judéia, então ? E que eram aqueles pobres noivos de que não restou nem o nome, apesar do milagre enorme que por eles foi feito ?
O fato, de si, minúsculo da falta de vinho numa festa de casamento não tem qualquer importância aos olhos dos homens. Mesmo para os convivas, que importância maior teria o fato de terem que ir embora um pouco mais cedo porque o vinho acabara ? Que conseqüências haveria para o mundo e para a História, caso a festa de núpcias de um desconhecido e irrelevante casal de noivos, na irrelevante e desconhecida Caná se encerrasse antes da hora por falta de vinho ?
Nem a Galiléia, nem Caná, nem os noivos, nem a falta de vinho tinham de si qualquer importância. Mas. A delicada caridade e o afeto maternal de Maria se comoveram diante do embaraço daqueles pobres noivos que nada lhe pediram, mas a quem ela se apressou a socorrer, implorando a Cristo um milagre, ainda que fosse antecipando a hora providencialmente estabelecida.
E São Tomás, nos Comentários que dele estamos citando, nota que Nossa Senhora não esperou que necessidade dos noivos chegasse ao extremo. Quando viu que o vinho estava acabando, logo pediu a Cristo que desse remédio à situação ( São Tomás, op. Cit. Cap. II , Lição I, nº 345, Vol. I p. 330).
Foi essa caridade preventiva da Virgem Maria que levou Dante – sublime poeta a tantos títulos censurável – a escrever estes esplêndidos versos a respeito da bondade de Nossa Senhora:
'Donna, sei tanto grande e tanto valiche qual vuol grazia ed a te non ricorresua disianza vuol volar sanz’ ali.La tua benignità non pur socorrea chi domanda, ma molte fiateliberalmente al dimandar precorre.In te, misericordia, in te pietate,in te magnificenza, in te s’adunnaquantunque in creatura è di bontate'
(Dante Allighieri, Divina Comedia, Paradiso, XXXIII,13-21).
[Mulher, és tão grande e tanto valesque, quem graça e a ti não recorre,seu desejo é o de voar sem ter asas.A tua benignidade não só socorrea quem pede, mas muitas vezes,generosamente, ao pedir, precede.Em ti, misericórdia, em ti, piedade,em ti, magnificência, em ti se reúnetudo quanto na criatura há de bondade!']
Magníficos e verazes versos de um poeta que nem sempre foi veraz, porque mantinha uma 'dottrina nascosta sotto il velame delli versi strani ' (Dante, Divina Comedia, Inferno, IX, 63).
Em seu Comentário ao Evangelho de São João , São Tomás nos diz que, a Virgem Maria, pedindo o milagre a Cristo em Caná, 'representa nisto a Sinagoga, que é a mãe de Cristo: com efeito, os judeus têm o hábito de pedir milagres, como o diz São Paulo: 'Os judeus pedem sinais' (I Cor. I, 22).
Se Nossa Senhora pediu o milagre por caridade material, ela imediatamente dá aos servos do noivo um conselho que serve para todos nós: 'Fazei tudo o que Ele vos disser'. Por este motivo também, não é então sem razão que a Igreja a chama de Mãe do Bom Conselho. Não só ela foi Mãe do Conselho de Deus Altíssimo, como é mãe que continuamente só nos comunica bons conselhos e aspirações.
Mostra então o Evangelho que Nossa Senhora pediu o milagre. Cristo o realizou, Os Apóstolos o testemunharam.
Prossegue o relato do evangelista dizendo que havia lá seis talhas de pedra preparadas para as purificações dos judeus, cada uma delas com duas ou três medidas, e que Cristo ordenou que as enchessem de água. É essa água que Jesus vai transformar em vinho.
São Tomás indaga por que Cristo quis usar água para fazer o milagre. Não poderia Ele ter feito o vinho do nada ? Claro que sim.
Portanto, se Ele usou a água foi por alguma sábia razão.
São Tomás excogita as seguintes razões para isso:
1ª Para demonstrar que a matéria é boa, ao contrário do que ensinariam os hereges gnósticos de todos os tempos ( maniqueus, cátaros e budistas);
2ª Para nos mostrar que, assim como Ele tinha poder de transformar a água em vinho, tinha também poder de transubstanciar o pão e o vinho em seu corpo, sangue, alma e divindade;
3ª Para nos fazer entender que Ele não vinha trazer uma doutrina nova, mas que o seu ensinamento era apenas o aperfeiçoamento do que Deus ensinara no Antigo Testamento. ( Cfr. São Tomás, Comentário..., Cap. II , Lição I, nº 358, ed. Cit. Vol. I, p.339).
Que símbolos contém a água ?
É certo que a água, de um lado simboliza a humildade, pois assim como a água escorre procurando sempre o lugar mais baixo, assim também quem é humilde busca sempre as posições mais baixas e nunca as mais altas. Se a água sobe aos céus é apenas em forma de vapor aquecida pelo Sol. Pois assim também, quem é humilde e busca os lugares mais baixos, é exaltado pelo ardor do amor de Deus que eleva os humildes acima das nuvens.
Por outro lado a água se adapta a todos os recipientes, simbolizando por isso as pessoas cordatas e mansas que não procuram impor-se mas que aceitam tudo o que lhes acontece como vontade de Deus.
E nossa irmã água – como poeticamente a chama São Francisco – 'è umile ed utile, et pretiosa et casta' (S. Francisco, Cântico das criaturas).
Todo símbolo, porém, é ambíguo. E São Tomás nos aponta outro símbolos postos por Deus na água. O Aquinate nos lembra que a água é um elemento frio e instável que, de si, corre sempre para os lugares mais baixos, até chegar no abismo do mar amargo. Ela representa, assim, os pecadores que friamente caem de pecado em pecado, de abismo em abismo, até se precipitarem, afinal, no amargo abismo do inferno.
As águas das talhas de Caná representam ainda os sacrifícios dos judeus no Antigo Testamento, que eram apenas imagens do Sacrifício do Novo Testamento. Os sacrifícios judaicos, eram ofertados por um povo que deixara a reta via, que matara os profetas e ia matar cristo o filho herdeiro da vinha. Essas águas representam então os pecados dos judeus que encheram até a borda os seus corações de pedra. Pois está dito que os servos dos noivos encheram as hidras até as bordas.
Por outro lado, foi Cristo que mandou encher as talhas. Portanto, elas estavam vazias. E essas hidras eram usadas, como dissemos, para as purificações judaicas. Elas estavam vazias, porque os judeus tinham seus corações de pedra vazios de qualquer arrependimento. Eram hidras vazias, porque as águas da purificação judaica eram mero símbolo das futuras águas do batismo que, elas sim, trazem a verdadeira e inteira purificação da culpa original.
Cristo mandou, então, encher as talhas de água, isto é, que os pecadores -- de coração duro como pedra – enchessem esses corações , até a borda, com as lágrimas do arrependimento. E os servos seguiram o conselho da Virgem Maria e obedeceram a ordem do Verbo encarnado, e, por isso, lhes foi dado beberem o vinho excelente do milagre de nosso Senhor Jesus Cristo.
Eles eram servos, porque eram judeus, filhos da escrava, filhos da Sinagoga. Mas os aceitam serem purificados nas águas do batismo e nas lágrimas de um arrependimento sincero, estes serão chamados filhos, e eles beberão o sangue do Cordeiro celestial. Eles tomarão o cálice do sangue de Cristo, vinho da Nova Lei, vinho que aquece e que traz a alegria e o fervor do perdão, da graça e o ardor do amor de Deus, e o zelo pela virtude.
Eram seis as hidras de pedra em Caná. Seis, porque, ao criar o mundo, Deus usou seis dias e ao cabo desses seis dias, estabeleceu sua primeira aliança com os homens, e instituiu o primeiro casamento, ordenado a Adão e Eva que se multiplicassem.
Eram seis as hidras de pedra em Caná, e, comenta Hugo de São Victor que eram seis para representar também as seis idades do mundo, desde a origem até Cristo. E o grande São Tomás repete essa explicação do abade de São Victor, relacionando as seis talhas com as seis idades da história do homem.
Essa divisão da História em seis idades, desde Adão até o fim dos tempos -- e que daremos a seguir – teve uma aplicação errônea nos escritos de Joaquim de Fiore, pai de tantas heresias milenaristas e escatológicas. Feitas, porém, as prudentes e necessárias ressalvas, de si, ela não é condenável, e, por isso, as citaremos na ordem e correspondência das idades do homem, conforme a exposição de Hugo de São Victor.
IDADES DO MUNDO
IDADES DO HOMEM


1ª De Adão até Noé
1ª Idade pueril do homem
2ª De Noé até Abraão
2ª Infância
3ª De Abraão a Daví
3ª Adolescência
4ª De Daví ao cativeiro de Babilônia
4ª Juventude
5ª Do cativeiro de Babilônia até Cristo
5ª Maturidade
6ª De Cristo até o fim do mundo
6ª Velhice
7ª A vida eterna
7ª O Reino dos Céus.
Foi no sexto dia que Deus criou Adão e Eva, revelou-se a eles, e ordenou que se multiplicassem, dando-lhes a lei que proibia comer o fruta da árvore do conhecimento do bem e do mal. Assim também, na sexta idade, o Filho de Deus se tornou homem, instituiu o matrimônio como sacramento, fundou a Igreja, dando-lhe a lei evangélica. Na sexta idade se deu a Redenção.
Convém salientar que, segundo esse esquema das idades da História – ao contrário do esquema joaquimita que era milenarista – a sétima idade, a do repouso, está além deste mundo, além da História. O Abade De San Giovanni in Fiore com todos os eus seguidores quiliásticos, pelo contrário, esperam um reino de Deus, religiosos político e social, ainda neste mundo . Hugo de São Victor afirma que a sexta idade vai até o fim do mundo, e que, portanto, não haverá um Reino de Deus neste mundo, porque Cristo afirmou: 'Meu Reino não é deste mundo' (Jo. XVIII, 36).
Conforme diz Hugo de São Victor, as seis hidras de pedra das bodas de Caná representam ainda os cinco sentidos corporais e o senso interior que unifica as informações dos cinco sentidos. As seis hidras da purificação continham as águas que purificavam os pecados de nossos seis sentidos.
Enfim, convém fazer referência ao fato de que as hidras eram seis porque, além do sacramento do matrimônio instituído então por Cristo, em Caná, Ele ia nos dar mais seis sacramentos, que conteriam o vinho da graça, capaz de nos dar o vigor, o calor e a doçura, para enfrentarmos as dificuldades morais nas várias situações e dificuldades de nossa vida espiritual. É possível interpretar também as seis hidras como seis sacramentos, sendo o sétimo, a Eucaristia, aquele que nos dá o próprio Cristo com seu corpo, sangue, alma e divindade, representado pela próprio Jesus Cristo, presente em Caná.
Está dito ainda no Evangelho que cada hidra continha duas ou três medidas, porque cada sacramento nos dá uma graça sacramental, própria de cada sacramento, além do aumento da vida da graça em nós, o que perfaz duas medidas. Mas, três sacramentos – Batismo, Crisma e Ordem – além da graça sacramental própria e do aumento da vida da graça santificaste, imprimem caráter em nossas almas, o que perfaz a terceira medida.
Hugo de São Victor ensina que as hidras tinham duas ou três medidas, porque elas estavam destinadas a conter as águas da purificação. Ora, nas tentações que nos podem levar a pecado, pode-se distinguir:
1º -- A deleitação, na sugestão pecaminosa;
2º -- O pleno conhecimento e pleno consentimento da vontade;
3º -- A própria obra pecaminosa.
Ora, conforme falte gravidade da matéria de pecado, ou pleno conhecimento e pleno consentimento, o pecado será venial e não mortal. Por isso, o arrependimento deve também conter duas ou três medidas.
E as seis hidras eram de pedra, porque nossos sentidos são empedernidos por nossas culpas, e nós só as lavamos quando as enchemos com as lágrimas de nosso arrependimento e de compunção. E as águas são convertidas em vinho, porque o pranto da culpa é convertido pelo perdão na alegria trazida pelo vinho da graça.
Hidras de pedra – porque a Igreja é de Pedro e contém firmemente as graças do Vinho Eucarístico.
São Tomás de Aquino faz outro comentário ainda, e muito curioso, sobre o significado das seis urnas dos judeus, que Cristo ordenou que fossem cheias de água. Diz ele que 'no sentido místico [ é preciso compreender que] nas núpcias espirituais, a Mãe de Jesus, a Virgem bem-aventurada, está presente na qualidade de conselheira das núpcias, porque é por sua intercessão que somos unidos a Cristo pela graça' (Op. Cit. Cap. II , Lição I, , nº 343; ed. Cit. Vol I, p.328).
De outro lado, a pedra das hidras representaria os judeus enquanto as águas seriam os gentios. O vazio das hidras e seu preenchimento pela águas significaria a substituição dos judeus pelos gentios , no Novo Testamento.
E por que as águas, elemento líquido, seriam os gentios, e a pedra - ou a terra, o elemento sólido, os judeus ?
Várias passagens da Escritura indicam isto. Por exemplo, o nome de Moisés, significa 'Salvo das águas', não só porque ele foi salvo das águas do rio Nilo, como também porque ele foi salvo do egípcios que eram gentios.
Também, durante o êxodo, ao chegarem a Mara, os judeus só encontraram águas amargas, isto é, salobras e impróprias para saciarem a sede. Porém, quando Moisés lançou nelas o seu bastão de madeira, elas ficaram doces e potáveis. Por que isto ? Porque as águas – os gentios – que não eram 'potáveis' para Deus por causa de sua idolatria, tornaram-se doces e potáveis, quando nelas foi lançado o madeiro da cruz de Cristo. Por isso também, Cristo caminhou sobre as águas e ordenou a Pedro que fizesse o mesmo. E Pedro duvidou e começou a afundar, para representar que, em certo momento, ele duvidou da legitimidade do apostolado com os gentios e 'judaizou' na questão das carnes proibidas, e , por isso, foi repreendido por São Paulo.
O arquitriclínio experimentou o vinho miraculoso de Cristo e o julgou excelente. Não conhecendo ainda a sua origem miraculosa, falou de sua estranheza ao noivo, dizendo-lhe que, normalmente, os homens servem primeiro o vinho melhor, e depois que os convidados já estão satisfeitos, servem então o pior.
Evidentemente, servir o vinho pior no final da festa não pode ser a norma de Deus., porque envolve falta de generosidade e uma certa astúcia. A cias de Deus não são as vias dos homens. Deus nos dá primeiramente o vinho pior – as agruras e as cruzes da vida - para, depois, nos dar o vinho generoso e perfeito da festa celestial, por toda a eternidade. Antes, temos que tomar o caminho estreito e pedregoso, para, depois, recebermos nossa recompensa imensamente grande, que será o próprio Cristo. Antes, Ele deu aos judeus o vinho do Antigo Testamento, que era apenas um prenúncio do 'vinho' eucarístico, que é o próprio sangue de Cristo.
Desse 'vinho' melhor, o arquitriclínio não compreendeu a origem, pois não vira o milagre. Assim também, do Messias, os judeus ignoravam a sua origem, e, por isso, lhe perguntavam : 'De onde vens Tu ? ' ( ).
E Cristo lhes dizia: 'Vós não sabeis de onde Eu venho' ( Jo. VIII,14).
Desse modo os judeus não conheciam a origem divina do Verbo, por sua geração eterna no seio de Deus Pai, nem sua encarnação no seio virginal de Maria Santíssima. E, quando Ele a exprimiu, eles recusaram aceitá-la, e tomaram pedras para matá-Lo ( Cfr. ). Por isso os judeus, desconhecendo a origem divina do Messias não receberam, porque não quiseram, o vinho de sua graça.
Também os noivos de Caná não sabiam explicar ao arquitriclínio a origem do vinho superior, e porque ele fora servido só no final da festa.
Estes noivos representam a Sinagoga, que desconheceu a Cristo e o crucificou, porque inebriada pelo vinho inferior, desejou com zelo apenas o reino neste mundo, e preferiu permanecer no exílio da 'Galiléia' , que significa, como vimos, transmigração ou exílio acabado. A Sinagoga amou apenas a letra da lei, e não espírito. E assim como no vinho inferior só se busca o inebriamento do álcool, sem ter nenhuma doçura superior, assim também, a letra da lei mata, impedindo que o espírito das Escrituras seja conhecido e vivifique e inebrie a alma pela doçura da sua Sabedoria.
Pois Cristo veio ao mundo para que tivéssemos vida e saúde em abundância. Para isto, Ele veio fundar a Igreja, geradora dos filhos de Deus com Cristo, para a vida eterna. Igreja fundada na pedra, e na qual Cristo faz jorrar o vinho excelente de suas graças, enchendo até a borda os corações dos fiéis.
Finalmente, convém lembrar que as hidras eram de pedra e estavam vazias, porque o homem é feito de barro, e que a pedra é 'barro', isto é, mineral endurecido. Era Adão, o homem pecador que estava petrificado pelo pecado original, e vazio de graça e vida espiritual. Como já vimos, eram seis as hidras vazias, porque seis eram as idades do mundo, que haviam passado até Cristo vir para realizar suas núpcias com a sua Igreja.
A hidra vazia é, então, o homem morto pelo pecado ao qual Cristo devolveu a graça. A hidra vazia é também o homem santo e que morreu materialmente, para quem, no fim do mundo, Cristo ressuscitará com um corpo glorioso e tendo um nova vida, superior a que perdera.
A hidra vazia é, enfim, Cristo morto para pagar os nossos pecados, e que pela ressurreição, venceu a morte, e tornou a encher nossas almas de vida. 'Et ressurrexit tertia die'. E, por isso, tudo isto que se fez em Caná aconteceu 'in die tertia'
'Tal foi o primeiro dos milagres de Cristo ', diz São João, a fim de condenar os falsos milagre atribuídos a Cristo, quando ainda menino, conforme contam mentirosamente os Evangelhos Apócrifos ( Cfr. São Tomás, op. Cit Cap. II Lição I, nº 364; ed. Cit. Vol I, p.343).
O milagre de Caná foi o início dos milagres de Cristo que culminaram com a sua gloriosa Ressurreição. Depois disto, Ele se manifestou gloriosamente a seus Apóstolos, que creram nEle. Por isso está escrito: 'Por este modo deu Jesus princípio aos seus milagres em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nEle'.
Depois da Ressurreição e da Ascensão aos céus, os Apóstolos se espalharam pelo mundo, pregando a Cristo crucificado que ressuscitou dos mortos. A Igreja Católica – cuja cabeça é Cristo – iniciou sua trajetória de missões, martírios, de polêmicas e de cruzadas, levando o nome de Cristo Jesus até os confins da terra, sempre assistida pela Virgem Maria e pelas preces da Igreja triunfante, no céu.
Por isso, a narração do milagre de Caná conclui com as seguintes palavras:
'Depois disto, foi para Cafarnaum, Ele e sua Mãe, seus irmãos e seus discípulos – toda a Igreja – mas não demoraram lá muitos dias' ( Jo II,12).
Comparados com a eternidade, poucos são os dias da História entre a Ressurreição e o Juízo, entre 'Tertia die' 'et novissima die'
Amen . Veni, Domine Jesu !


terça-feira, 25 de março de 2008

Viva a Vida



VIVA A VIDA
A vida é uma oportunidade, aproveite-a.
A vida é beleza, admire-a.
A vida é felicidade, deguste-a.
A vida é um sonho, torne-a realidade.
A vida é um desafio, enfrente-o.
A vida é um dever, cumpra-o.
A vida é um jogo, jogue-o.
A vida é preciosa, cuide dela.
A vida é uma riqueza, conserve-a.
A vida é amor, goze-a.
A vida é um mistério, descubra-o.
A vida é promessa, cumpra-a.
A vida é tristeza, supere-a.
A vida é um hino, cante-o.
A vida é uma luta, aceite-a.
A vida é uma aventura, arrisque-a.
A vida é felicidade, mereça-a.
A vida é a vida, defenda-a.
Madre Teresa de Calcutá.

Sem Partilha não há futuro.

Muitas vezes, nós cristãos não nos comportamos como realmente deveríamos em relação aos bens materiais.

Devemos ter o cuidado para não reproduzir em nossas comunidades atos marcados pelo egoísmo e ganância.

A comunidade Cristã deve ser por excelência exemplo de Partilha, tendo sempre como modelo o Cristo Jesus.

Infelizmente a sociedade em que vivemos nos empurra para o individualismo, para o isolamento. Nas grandes e médias cidades vivemos sem conhecer nossos vizinhos. O medo da violência e a sensação de insegurança geram um sentimento de cada um por si.

Os modernos meios de comunicação contribuem para o agravamento desta situação. Muito hoje não sabem mais conviver e só sabem falar através do teclado do computador.

Em nosso país e em grande parte do mundo cresce a cada dia a distância entre ricos e pobres, gerando mais violência.

A falta de seriedade, a corrupção e a impunidade mancham nossos políticos e aumentam o descrédito da população.

O planeta pede socorro: o homem na desenfreada marcha do progresso, motivado pelo egoísmo e ganância, está condenando o planeta e com ele as futuras gerações. Superaquecimento, buraco na camada de ozônio, efeito estufa, diminuição das reservas de água potável etc...

Muitos ainda não se deram conta de que se nada for feito a vida no planeta estará comprometida.

Nesse contexto, nós Igreja não podemos desanimar. A Evangelização é urgente. Só através da transformação do homem é possível a transformação do mundo.

A partilha é o autêntico caminho capaz de transformar a sociedade.

A experiência do dízimo, vivida intensamente em inúmeras comunidades, mostra que é possível viver a partilha. Esse é o caminho para a construção de um mundo melhor.

Viagem

OLA IRMÃOS EM CRISTO,

CONVIDO A TODOS A PARTICIPAREM DA FESTA DA MISERICORDIA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA

SAIREMOS NO DIA 29/03/08 - AS 23:00 HORAS

VALOR: 50,00 POR PESSOA

JA ESTOU COM ONIBUS LOTADO E ESTOU COM OUTRO ABERTO


ULTIMO PRAZO ATE QUARTA FEIRA
TEL: 2487-3111/8801-7555 (ZE MARIA)

Livros Litúrgicos





Livros Litúrgicos, hoje em dia um pouco esquecidos, mas vamos tentar esclarecer algumas dúvidas sobre leituras e leitores...


POR QUE LER AS LEITURAS DO AMBÃO?


Para quem não sabe, ambão é aquela estante de madeira que fica do lado esquerdo da mesa do altar. Pode ser feito de outro material e ter formatos diferentes, como em outras igrejas, mas sua função é única.


O ambão é a mesa da Palavra: é um móvel litúrgico que precisa falar por si mesmo. Daquela mesa, Deus nos alimenta com sua Palavra: nossa atenção volta-se para aquele espaço celebrativo, próprio da Liturgia da Palavra.


Começa com a 1ª leitura, Salmo, 2ª leitura e ganha maior destaque na proclamação do Evangelho.


Como o altar é a mesa eucarística, o ambão é a mesa da Palavra, e, por essa dimensão ambos devem ser parecidos, do mesmo material.


Ao entrar na igreja, o ambão e o altar precisam chamar a atenção, para lembrar que daquele local Deus nos alimenta com o pão da Palavra e o pão eucarístico.




POR QUE O COMENTARISTA NÃO LÊ O AMBÃO?


Como já dissemos acima, o ambão é a mesa da Palavra de Deus.Por este motivo, tudo mais que não seja Palavra de Deus ( comentários, avisos) deve ser lido de outro local: a estante do comentarista.




POR QUE A ESTANTE DO COMENTARISTA NÃO FICA NO PRESBITÉRIO?


Na nossa paróquia, por falta de espaço físico adequado, a estante do comentarista não fica no presbitério, ou seja, fica no nível da assembléia, o que por vezes dificulta a visualização do comentarista.


Na verdade, o mais correto é que o comentarista utilize uma estante mais simples, localizada num nível mais alto que o da assembléia para facilitar a visualização do comentarista, sem, no entanto, chamar mais atenção que a mesa do altar e a mesa da Palavra.




POR QUE SÃO SEMPRE OS MESMO LEITORES? NÃO SE PODE MUDAR?


A Palavra de Deus merece todo o respeito, e o primeiro modo de respeitá-la é lendo com dignidade e de forma bem feita. Por isso existe um verdadeiro rito no qual pessoas recebem das mãos do bispo o encargo de ser leitoras: são preparadas num pequeno curso, onde são introduzidos na compreensão da Bíblia, compreensão litúrgica e técnicas de ler em público.


Duas coisas são importantes para os leitores:


Anúncio: quem anuncia a Palavra de Deus está prestando um serviço, e deve ter condições para isso.


Testemunho: não se pode anunciar algo tão importante quanto a Palavra de Deus e depois viver em dissonância com o que leu.


Por este motivo não se deve escolher qualquer pessoa para ler somente para agradar a família ou apenas para ser uma pessoa diferente. Será ótimo para a comunidade se mais pessoas forem preparadas para ser leitoras e assim evitar os " sempre os mesmos leitores".




POR QUE LER DO LECIONÁRIO E NÃO DO FOLHETO?


Lecionário é o livro que contém as leituras das missas dominicais, e que fica no ambão. Durante a semana usamos o Lecionário Ferial, onde se encontram as leituras de cada dia da semana.


Ele é um livro simbólico, mais respeitoso, e por isso mais adequado para as leituras durante o rito da Liturgia da Palavra.

Dízimo e Caridade


Dízimo e Caridade.
Dízimo é dízimo, caridade é caridade.
Ambos são deveres cristãos. O que diferencia um e outro é o destino que você dá. O primeiro você consagra a Deus, o segundo você dá ao irmão. O dízimo será confiado à administração da comunidade. Esta, através de uma ação social conjunta, irá gerir, administrar, promover recursos e ações ou acolher os necessitados da própria comunidade. Será a generosidade entre irmãos, a prática dessa virtude, uma ação coletiva que testemunha nosso amor fraterno.
Já a prática da caridade é uma ação pessoal, um dever que nos obriga a um contato mais íntimo com Jesus, na pessoa do necessitado que cruze nosso caminho. A esse estenderemos uma das mãos," sem que a outra saiba".

Frei Galvão.

Frei Galvão - Uma vida dedicada a Deus e aos irmãos - Testemunho de partilha.



Pense nisso - Gestos de partilha são atitudes constantes na vida dos santos. Todos nós somos chamados à santidade.
Frei Galvão
Frei Galvão foi canonização pelo Papa Bento XVI, no dia 11 de maio de 2007, em São Paulo/ SP.
Em 1739, na cidade de Guaratinguetá /SP, nascia Antônio de Sant'Anna Galvão, filho de Antônio Galvão de França e Isabel Leite de Barros, pessoas de posse e prestígio na cidade. O pai, comerciante e Capitão-Mor de Guaratinguetá, era muito piedos, participava diariamente da Santa Missa, era generoso e compassivo com os pobres. Sua mãe, descendente de bandeirantes, era mulher de grande virtude e piedade, que ensinava aos seus dez filhos as práticas cristãs, a caridade aos necessitados e a autenticidade de caráter.
Aos 13 anos foi para o Colégio de Belém, dos padres Jesuítas na Bahia, e aos 21 anos ingressou no noviciado no Convento Franciscano de São Boaventura do Macacu, no Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote em 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo, para aprofundar seus estudos de Teologia e Filosofia, onde foi nomeado pregador, confessor e porteiro do Convento, cargo considerado importante pela comunicação com os fiéis e pela difusão das idéias católicas entre eles.
Em 1774 fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje conhecido como Mosteiro da Luz, no qual Frei Galvão dedicou muitos anos de sua vida, atuando como arquiteto, mestre de obras e pedreiro.
Inúmeros milagres atribuídos a Frei Galvão estão relacionados à cura de doenças.
Frei Galvão morreu em 23 de dezembro de 1822, e foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, em São Paulo.
A Canonização de Frei Galvão é motivo de grande alegria para o povo brasileiro e sua vida é modelo a ser seguido por todo cristão.
Saiba mais, lendo o livro " O Santo Brasileiro" , de autoria de Pe. Dimas de Paula Inácio.

Campanha da Fraternidade 2008




Dicas para uma vida melhor
Coloque um sorriso no rosto
Olhe sempre nos olhos
Seja verdadeiro
Aprenda a ouvir
Leia bons livros
Ocupe sua mente positivamente ( estudo, trabalho, etc; lembre-se do ditado: cabeça vazia é oficina do diabo)
Seja humilde, sempre é possível aprender.
Pare de ver apenas defeitos e passe a observar as qualidades das pessoas.
Coma para viver, não viva para comer.
Faça atividades físicas, caminhadas etc.
( O difícil é começar, depois você não vai querer parar.)
Cultive amizades sinceras.
Fuja daqueles que só vêem o lado negativo das coisas.
Procure estar em contato com a natureza.
Tenha um tempo só para você.
Ajude alguém que precise.
Aprenda a partilhar.
Dedique um tempo para Deus.
Campanha da Fraternidade 2008.
FRATERNIDADE E DEFESA DA VIDA
ESCOLHE, POIS, A VIDA.

Às vezes é preciso levar pedrada.


Um Jovem bem-sucedido dirigia em alta velocidade o seu novo carrão. De repente uma pedra atingiu a porta lateral de seu carro ! Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo a pedra. Saltou do carro, pegou asperamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou:
- Qual é a sua? Por que fez isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro. Aquela pedra que você jogou vai custar-me muito dinheiro. Por que você fez isto?
Disse o menino, implorando:
- Por favor, senhor, desculpe-me, eu não sabia mais o que fazer ! Ninguém estava disposto a parar e atender-me neste local.
Lágrimas corriam dos olhos do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados, e continuou:
- É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo.
Soluçando, o menino perguntou ao homem:
- O senhor poderia ajudar-me a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado pra mim.
O jovem motorista, comovido, dirigiu-se ao jovenzinho, reolocando-o em sua cadeira de rodas. A seguir, tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
Continuou o menino:
- Obrigado e que Deus possa abençoá-lo.
O homem viu então o menino distanciar-se, empurrando o irmão paraplégico em direção a casa. Foi um longo caminho até o carro. Um longo caminho de volta. Ele jamais consertou aquela porta do carro. Deixou o amassado para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, a ponto de que alguém precise atirar uma pedra para obter a sua atenção.
" Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos corações. Algumas vezes, quando não ouvimos, Ele tem de jogar uma pedra para que paremos."
Espero que ninguém precise levar pedrada para ouvir a voz do Senhor.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Caminhos






Caminhos


Na vida é impossível parar.

Mesmo quando decidimos não avançar, a vida avança.

E às vezes temos mesmo a impressão que ela corre.

E nesse nosso viver, encontramos diariamente caminhos na nossa frente.

Em cada situação há sempre uma opção de estrada.

Escolhemos então a mais longa, mais curta, mais fácil, mais difícil...

somos guiados por vontades, necessidades, coração, emoções...

e na verdade nem sempre sabemos onde nos conduzirá nossa escolha.

E é preciso a cada dia, cada passo, seguir e assumir.

Ninguém, ninguém mesmo pode ou deve ser responsável pelas nossas escolhas.

E mesmo se damos ouvidos a um amigo, aos pais, a escolha final e responsabilidade final sempre será nossa. Muitas vezes sofremos porque escolhemos caminhos errados.

E sabemos que não há volta para as caminhadas da vida, mas sempre teremos a opção de dirigir nossos passos para direções diferentes.

E então uma nova escolha se dá.

Com todos os riscos possíveis.

Amar alguém, sentir amizade por alguém, não é uma escolha.

Pelo menos não voluntária, da nossa mente.

Do coração, eu diria, pois não temos controle, não podemos negar sentir esse amor ou essa amizade.

Mas podemos decidir seguir esse amor e essa amizade.

Isso também é uma escolha, caminho.

O importante é não parar.

Li uma vez que "água estagnada apodrece" e penso que ninguém gostaria de viver como água estagnada. Devemos ser como as águas dos rios, correndo sempre em alguma direção, regando flores que nascem do lado, matando sede de pássaros e homens, desembocando em grandes mares.

E assim segue nossa vida...

Cabe a cada um a responsabilidade da escolha diária.

E tudo o que posso dizer com certeza de que não há erro possível na escolha, é aquela de seguir o grande, o verdadeiro Caminho.

Para os outros, que a sabedoria esteja no coração de cada um para que as escolhas estejam o mais perto possível daquilo que chamamos felicidade.


"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida." - Jesus Cristo

O Bem Pra Alma


Senhor,

Se um dia eu estiver " cheio da vida" ,

com vontade de sumir, de morrer,

insatisfeito comigo e com o mundo em torno de mim...

- Pergunta-me, apenas, se eu quero trocar a luz pelas trevas...

- Pergunta-me se eu quero trocar a fartura da mesa posta,

pelos restos que tantos vem buscar no lixo...

- Pergunta-me se eu quero trocar meus pés por uma cadeira de rodas...

- Pergunta-me se eu quero trocar minha voz pelos gestos...

- Pergunta-me se eu quero trocar o mundo maravilhoso dos sons

pelo silêncio dos que nada ouvem...

- Pergunta-me, se eu quero trocar o jornal que leio e depois jogo no lixo,

pela miséria dos que vão buscá-lo para fazer dele seu cobertor...

- Pergunta-me, se eu quero trocar minha saúde, pelas doenças

incuráveis de tanta gente...

- Pergunta-me também, até quando
não reconhecerei as Tuas bençãos, a fim de fazer de minha vida

um hino de louvor e gratidão e dizer, todos os dias, do fundo de mim:

- Obrigado, Senhor!

Decálogo ( 10 mandamentos)



Deus concede ao povo de Israel a liberdade e faz com ele uma aliança, propõe os termos da aliança que incluem os 10 mandamentos ( Ex 20). As palavras da aliança exprimem um exclusivismo do Deus de Israel e suas exigências morais. A aliança transformou em comunidade as tribos que saíram do Egito, dando-lhes uma lei, um culto, um Deus, uma consciência religiosa.

A aliança no Sinai se constitui na "carta" de fundação do povo de Israel. Ela será retomada sempre pelos profetas. " Eu sou o Senhor, não terás outros deuses além de mim". ( Ex 20,2)

A lei sinaítica torna-se degrau para conseguir a liberdade em sentido original. O conceito de liberdade começa aqui a ter o sentido a ser plenificado em Cristo; Liberdade como obediência a Javé e, ausência de idolatria, escravidão e adesão ao único Senhor. Não é lei que mata ou oprime, mas lei que salva e eleva em dignidade, a vida de Israel ( cf. Ex 19,6:34,10ss; Dt 2,7; 6,4).

" Se queres entrar para a vida, guarda os mandamentos" ( Mt 19,16). A resposta de Jesus ao jovem que quer saber como obter a vida eterna, deixa claro que a observância dos mandamentos é uma proteção para conseguir a vida eterna (o Céu).

As " dez palavras" indicam as condições de uma vida liberta da escravidão do pecado. O decálogo é um caminho de vida ( cf. Dt 30,16). Ao dar a conhecer suas vontades, Deus se revela a seu povo. A primeira das " dez palavras" lembra o amor primeiro de Deus por seu povo. Mas, sem o auxilio da graça, os Israelitas não poderiam cumprir a lei pelas próprias forças, pois a graça é o começo do agir livre do homem.

Pe. Valmir Colombo.

Horoscópo - Curiosidade

Aquário

Saia do Aquário do seu egoísmo, seja dizimista, e ajude sua comunidade a ajudar você.


Peixes

Avance para águas mais profundas: nade para as redes do Senhor, deixe-se pescar por Jesus.
Participe da sua comunidade.


Áries

O que você está esperando para partilhar um pouco de seus dons e de seus bens?
Não permita que a morte, um dia, o impeça definitavamente de servir sua comunidade.


Touro

Não seja um cristão avacalhado, participe de sua comunidade. Ela quer contar com você.


Gêmeos

Ninguém pode ser feliz sozinho. Dê um pouco de si à sua comunidade, partilhando o dízimo do tempo e dos dons.


Câncer

Vivemos sob o signo do egoísmo e da ganância, por isso somos vítimas da maldição. Vamos mudar essa triste realidade, partilhando um pouco do muito que Deus nos dá.


Leão

Seja um verdadeiro leão em sua comunidade. Lute para que o amor do Senhor Jesus vença o egoísmo e a ambição e transforme o mundo.


Virgem

Essa palavra sempre me faz lembrar de Maria, nossa mãe, e de Jesus. Presentes que Deus quis partilhar com todos nós.


Libra (balança)

Libra lembra dólar; um dólar é quase um Euro; e tudo isto conduz ao Real. Vamos cair na Real, pois tudo passará menos as palavras de Jesus. Leia a Bíblia e dê testemunho de Jesus.


Escorpião

Pense em quantas pessoas contam com você para aprender a amar e ser feliz. Use o seu ferrão de escorpião para ajudar e não para oprimir.


Capricórnio

Deus nos ama de uma forma toda especial, eternamente, sem interesse pessoal. Por que não viver esse amor a título de experiência.


Sagitário

Não viva o desengano de viver sem amar o seu próimo, como Jesus nos amou. Mostre seu amor na partilha.

Oração do Dizimista


ORAÇÃO DO DIZIMISTA

Ó Senhor Deus, meu Pai e Criador, estou devolvendo-lhe neste momento um pouco do tudo que me tens dado nesta vida.
Junto segue também o meu sincero propósito de mudança de vida, de amor ao próximo, e também o firme desejo de lutar, junto à minha comunidade, por um mundo melhor e uma sociedade mais justa, sem egoísmo, sem traições, sem ganância, sem drogas, sem violência...
Aceita, Senhor, esta minha oferta, como sinal de agradecimento por tudo que de tuas mãos eu e minha família temos recebido.

Amém.

(Extraído do livro: Mensagens do Dízimo para o Ano Inteiro.)

Dízimo, um gesto de amor !



Dízimo, um gesto de amor!
O Dízimo é hoje uma realidade nas diversas regiões do Brasil. Em grande parte das dioceses, ele aparece entre as cinco prioridades. Em muitas destas dioceses, já existe a Equipe Diocesana do Dízimo, que faz elo de ligação entre as diversas paróquias, além de dedicar um determinado momento do ano para a conscientização do Dízimo, garantindo assim maior comunhão e conseqüentemente melhores resultados.
Hoje, leigos e padres se colocam a serviço, trabalhando na conscientização do Dízimo.
É importante que cada vez mais incentivemos a participação no Dízimo, porém devemos ter cuidado especial com a nossa pregação, evitando a teologia da prosperidade. Alguns falam do Dízimo mosntrando um Deus interesseiro e mesquinho, que abençoa fazendo prosperar materialmente aqueles que assumem o Dízimo e amaldiçoa, fazendo fracassar aqueles que ainda não descobriram o Dízimo.
O Dízimo pregado dessa forma leva à superstição e ao fanatismo, escravizando o homem.
Jesus nos mostrou um Pai amoroso. O bom pai não faz diferença entre seus filhos.
O Dízimo deve ser vivido com mansidão e amor. Deve libertar o homem das correntes do egoísmo. O coração que aprende a partilhar é um coração transformado, que vê o próximo como irmão.
Os problemas que hoje encontramos no mundo, tais como conflitos, guerras, violência de todo o tipo, fome, exclusão social, etc..., são retrato de um mundo que ainda não aprendeu a partilhar.
O Dízimo é a pastoral, que nos convida a repensar esta realidade. Que nos motiva a vencer o egoísmo, vivendo a partilha.
Por isso, todos nós, envolvidos de uma forma ou outra na Pastoral do Dízimo, devemos avançar para águas mais profundas, tendo sempre como modelo Cristo Jesus.
Arthur Jorge
Missionário do M.E.A.C. - Núcleo Campos do Jordão - Sp.

Criado para viver plenamente.

Criado para viver plenamente.
Eis a onipotência de Deus.





" Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou: homem e mulher Ele os criou" ( Gn 1,27).
Somos criados à imagem de Deus Uno e Trino. Tal realidade pode ser observada nas diversas características do ser humano. Somos seres potencialmente capazes de fazer escolhas, de praticar o bem, de controlar nossos instintos, de pensar, de buscar sempre algo novo, de sonhar, de planejar e construir um futuro melhor, de sentir saudades, de construir amizades, de ajudar ao próximo... e de amar.
" Fomos criados semelhantes aos outros seres pela mortalidade, mas somos capazes de nos auto-transceder e de fazer escolhas que nos aproximam do Criador, sem deixar de sermos criaturas".
Somos seres finitos e temos a inquietude marca de buscar sempre o infinito, a plenitude, que só é encontrada em Deus.
Ser criado à imagem e semelhança de Deus implica ter implicitamente uma finalidade existencial, uma orientação interna.
Somos criados para a vida plena, pois o Deus, nosso Criador,é o Deus da vida, da eterna fonte inesgotável de vida.
Nesta perspectiva, podemos perceber com mais clareza a onipotência do amor de Deus. É verdade que somos seres livres e podemos escolher entre a vida e a morte a todo o instante. Será sempre uma escolha nossa, escolher entre o certo e o errado, entre a ganância e a partilha, entre a vingança e o perdão, entre a guerra e a paz... enfim, entre o que nos aproxima ou nos afasta da nossa identidade primária e constitutiva de cada um de nós: ser imagem de Deus. ou seja, todo aquele que escolher caminhos que negam a vida, que negam a sua mais marcante característica, cada vez mais se afastará da sua essência, que é a humanidade. Sendo assim, mais humano seremos quanto mais nos aproximarmos da imagem de Deus.
E, sendo Deus a fonte eterna da vida, nossas escolhas livres devem sempre optar por aquelas que favorecem a geração da vida, para assim conseguirmos todos viver mais plenamente, sendo mais humano.
Eis o alerta da Campanha da Fraternidade desse ano:
" Escolhe, pois, a vida" ( Dt 30, 19 ). Escolhe, pois, a razão da sua criação: viver. Sempre e a todo o instante devemos fazer escolhas para a vida. Por isso devemos escolher a vida na sua origem fecunda até o término de sua existência terrena.
Não estamos falando de escolher algumas vidas, e sim, todas as vidas. Ou seja, não é escolher embriões mais capazes de se tornarem um ser humano mais saudável e desprezar os demais,nãoé ser a favor de abortos para mulheres de baixa renda, não é ter descuido com a saúde pública do país possibilitando apenas quem tem dinheiro de sobreviver, não é explorando a exaustão de trabalhadores ( sobretudo os rurais) num ritmo desumano e encurtando a sua vida, não é dar uma aposentadoria indigna a nenhuma pessoa impossibilitando um prolongamento de seu fim de vida terrena, não é acelerando a morte de algum paciente porque qualquer razão que seja, não é desejando ou sendo a favor de pena de morte para pessoas que cometeram barbarias e por aí vai...
Porém, fazer uma escolha em prol da vida, algumas vezes, requer que deixemos de pensar só em nós mesmo e ir em favor do outro. Pensando em lucrar menos e partilhar mais, não sendo egoísta, não achando que a sua vida valha mais do que a do próximo, enfim, vivendo em comunhão fraterna de vida. Afinal, ser imagem de Deus Uno e Trino, é viver em comunhão fraterna de amor para gerar vida. Pois o Deus que professamos, é um Deus- comunidade de comunhão amorosa. Sendo esta mais uma finalidade de nossa criação. Só conseguiremos proporcionar vidas, quando formos capazes de viver em comunhão, sem perder a nossa individualidade.
Por isso, escolher a morte é muito mais do que uma escolha infeliz, é ir de encontro à finalidade principal do ser humano e impedir também que o outro encontre a razão de sua existência: a vida.
Eis a grande onipotência divina: o seu amor, fonte de vida. Deus infundiu em nós a marca do Seu amor, ou seja, só seremos plenamente realizados, humanos, se nossas escolhas livres forem em prol da comunhão fraterna que possibilita a vida.
(Leonardo Núñez de M Reis)

Recomeçar...

Março foi o mês do retorno... recomeçando nossa caminhada com Jesus.
Recomeçar.... é uma palavra essencial para quem quer perseverar.



Recomeçar...
"Não importa onde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário RECOMEÇAR...
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo,
É renovar as esperanças na vida,
E, o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito neste período? - Foi aprendizado.
Chorou muito? - Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? - Foi para perdoá-lhes um dia.
Sentiu-se só por diversas vezes? - É porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido? - Era o início de tua melhora.
Onde você quer chegar?
Ir alto?
Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor.
Se desejarmos fortemente o melhor e, PRINCIPALMENTE, lutarmos pelo melhor, O melhor vai-se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo,
E não do tamanho da minha altura"
(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 23 de março de 2008


Páscoa significa passagem. A Páscoa de Cristo é sua passagem da morte na cruz para a ressurreição. É sua vitória plena e definitiva sobre a morte e todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano. A Páscoa é o misterio unificador de toda a nossa fé cristã, sendo , assim, a festa principal da Igreja

Oração de Páscoa




Oração de Páscoa



Páscoa significa renascimento, renascer.


Desejo que neste dia, em que nós cristãos,comemoramos o seu renascimento para a vida eterna,possamos renascer também em nossos corações.


Que neste momento tão especial de reflexãopossamos lembrar daqueles que estão aflitos e sem esperanças.


Possamos fazer uma prece por aqueles que já não o fazem mais,porque perderam a fé em um novo recomeçar,pois esqueceram que a vida é um eterno ressurgir.


Não nos deixe esquecerque mesmo nos momentos mais difíceis do nosso caminho,tú estás conosco em nossos corações,porque mesmo que já tenhamos esquecido de ti,você jamais o faz.

Pois, padeceste o martírio da cruz em nome do Paie pela humanidade,que muitas e muitas vezes esquece disso.


Esquecem de ti e do teu sacrificioQuando agridem seu irmão,Quando ignoram aqueles que passam fome,Quando ignoram os que sofrem a dor da perda e da separação,Quando usam a força do poder para dominar e maltratar o próximo,Quando não lembram que uma palavra de carinho, um sorriso,um afago, um gesto podem fazer o mundo melhor.


Jesus...Conceda-me a graça de ser menos egoísta,e mais solidário para com aqueles que precisam.


Que jamais esqueça de ti e de que sempre estarás comigonão importa quão difícil seja meu caminhar.


Obrigado Senhor,Pelo muito que tenho e pelo pouco que possa vir a ter.


Por minha vida e por minha alma imortal.

Obrigado Senhor! Amém.
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