
sábado, 22 de março de 2008
NINGUÉM NOS AMA COMO JESUS!

Chorar e aprender
Quando deixamos que nossas lágrimas desatem os laços fortes dos grilhões da alma e transbordem além de nossos limites físicos, permitimos um raro momento de reconstrução de nossas forças pois, de dentro, saem as tristezas que são levadas pelas águas de nosso mar interno, e as lentes de nosso espírito tornam-se cristalinas, permitindo assim que possamos filtrar com clareza as coisas que vemos, ouvimos e sentimos, e dessas experiências, retirarmos a lição necessária para nosso crescimento e evolução espiritual.
Mas jamais nos permitamos sentar à beira do caminho e ficarmos a lamentar e a ganir, como um cão sarnento, as desgraças que nos acontecem pois, aí neste momento, seremos dignos de pena, e o cosmo reage favorecendo todos os nossos disparos de energia.
Portanto, se você quer ser um vencedor, não se limite apenas a chorar e a lamentar.
Tenha sim, o momento da cura, do choro, da reconstrução, mas em seguida, levante a sua cabeça, encaixe seus ombros e respire a vida, perceba em silêncio...
você ainda está vivo?!
Então mude seu destino.
Lute e mantenha viva a chama do amor incondicional.
Assim, quando encontrar o ser Criador que você possa dizer-lhe: - Estou diante de Ti porque me deste a maravilhosa oportunidade de cair para aprender a levantar, de chorar para aprender a reconstruir, de morrer para aprender a viver, dentro da Tua Verdade.
Jamais se esqueça que você é filho de Deus perfeito, e foi feito segundo Sua imagem e semelhança; portanto, você nasceu para ser feliz e ter tudo de bom que o Universo pode te conceder.
Se você ainda chora e sofre, é porque ainda não aprendeu ou não entendeu que Deus é Pai amoroso, bondoso e misericordioso que nada nega a um filho que enxerga a Sua Verdade...
ESPERA

SÁBADO SANTO

sexta-feira, 21 de março de 2008
Morte de Jesus

Celebre a morte de Jesus como passagem para a Ressurreição. Um dia centrado na Cruz, dia em que Cristo se entregou à morte para salvar toda a humanidade. Em meio a tristeza deste dia, começa a surgir mais fortemente a esperança da Ressurreição.
Neste dia faça jejum como expressão de penitência e solidariedade em relação à morte do Senhor.
JESUS MORRE NA CRUZ

quinta-feira, 20 de março de 2008
SEXTA-FEIRA SANTA

Tempo de jejum?

A Quaresma deverá ser um tempo para “jejuar” alegremente de certas coisas e também para “fazer festa” de outras.
1 - jejuar de julgar os outros e festejar porque Deus habita neles.
2 - jejuar do fixarmo-nos sempre nas diferenças e fazer festa por aquilo que nos une na vida.
3 - jejuar das trevas da tristeza e celebrar a luz.
4 - jejuar de pensamentos e palavras doentias e alegrarmo-noscom palavras carinhosas e edificantes.
5 - jejuar de desilusões e festejar a gratidão.
6 - jejuar do ódio e festejar a paciência santificadora.
7 - jejuar de pessimismos, e viver a vida com optimismo como uma festa contínua.
8 - jejuar de preocupações, queixas e egoísmos; festejar a esperança e a Divina Providência.
9 - jejuar de pressas e angústias; fazer festa em oração contínua à Verdade Eterna.
Quaresma tempo de encontro com Deus
TRÍDUO PASCAL
A palavra tríduo na prática devocional católica sugere a idéia de preparação.Às vezes nos preparamos para a festa de um santo com três dias de oração em sua honra, ou pedimos uma graça especial mediante um tríduo de preces de intercessão.O tríduo pascal se considerava como três dias de preparação para a festa de Páscoa; compreendia a quinta-feira, a sexta-feira e o sábado da Semana Santa. Era um tríduo da paixão.No novo calendário e nas normas litúrgicas para a Semana Santa, o enfoque é diferente.O tríduo se apresenta não como um tempo de preparação, mas sim como uma só coisa com a Páscoa.É um tríduo da paixão e ressurreição, que abrange a totalidade do mistério pascal. Assim se expressa no calendário: "Cristo redimiu ao gênero humano e deu perfeita glória a Deus principalmente através de seu mistério pascal: morrendo destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida. O tríduo pascal da paixão e ressurreição de Cristo é, portanto, a culminação de todo o ano litúrgico".Logo estabelece a duração exata do tríduo: "O tríduo começa com a missa vespertina da Ceia do Senhor, alcança seu cume na Vigília Pascal e se fecha com as vésperas do Domingo de Páscoa".Esta unificação da celebração pascal é mais acorde com o espírito do Novo Testamento e com a tradição cristã primitiva. O mesmo Cristo, quando aludia a sua paixão e morte, nunca as dissociava de sua ressurreição.No evangelho da quarta-feira da segunda semana de quaresma (Mt 20,17-28) fala delas em conjunto: "O condenarão à morte e o entregarão aos gentis para que d'Ele façam escarnio, o açoitem e o crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará".É significativo que os pais da Igreja, tanto Santo Ambrosio como Santo Agostinho, concebam o tríduo pascal como um todo que inclui o sofrimento do Jesus e também sua glorificação.O bispo de Milão, em um dos seus escritos, refere-se aos três Santos dias (triduum illud sacrum) como aos três dias nos quais sofreu, esteve no túmulo e ressuscitou, os três dias aos que se referiu quando disse: "Destruam este templo e em três dias o reedificaré".Santo Agostinho, em uma de suas cartas, refere-se a eles como "os três sacratíssimos dias da crucificação, sepultura e ressurreição de Cristo".Esses três dias, que começam com a missa vespertina da quinta-feira santa e concluem com a oração de vésperas do domingo de páscoa, formam uma unidade, e como tal devem ser considerados.Por conseguinte, a páscoa cristã consiste essencialmente em uma celebração de três dias, que compreende as partes sombrias e as facetas brilhantes do mistério salvífico de Cristo.As diferentes fases do mistério pascal se estendem ao longo dos três dias como em um tríptico: cada um dos três quadros ilustra uma parte da cena; juntos formam um tudo. Cada quadro é em si completo, mas deve ser visto em relação com os outros dois.Interessa saber que tanto na sexta-feira como na sábado santo, oficialmente, não formam parte da quaresma. Segundo o novo calendário, a quaresma começa na quarta-feira de cinza e conclui na quinta-feira santa, excluindo a missa do jantar do Senhor na sexta-feira e na sábado da semana Santa não são os últimos dois dias de quaresma, mas sim os primeiros dois dias do "sagrado tríduo".Pensamentos para o tríduo.A unidade do mistério pascal tem algo importante que nos ensinar. Diz-nos que a dor não somente é seguida pelo gozo, senão que já o contém em si. Jesus expressou isto de diferentes maneiras.Por exemplo, no último jantar disse a seus apóstolos: "Se entristecerão, mas sua tristeza se trocará em alegria" (Jn 16,20). Parece como se a dor fosse um dos ingredientes imprescindíveis para forjar a alegria. A metáfora da mulher com dores de parto o expressa maravilhosamente. Sua dor, efetivamente, engendra alegria, a alegria "de que ao mundo lhe nasceu um homem".Outras imagens vão à memória. Todo o ciclo da natureza fala de vida que sai da morte: "Se o grão de trigo, que cai na terra, não morre, fica sozinho; mas se morrer, produz muito fruto" (Jn 12,24).A ressurreição é nossa páscoa; é um passo da morte à vida, da escuridão à luz, do jejum à festa. O Senhor disse: "Você, pelo contrário, quando jejuar, unja-se a cabeça e se lave a cara" (MT 6,17). O jejum é o começo da festa.O sofrimento não é bom em si mesmo; portanto, não devemos buscá-lo como tal. A postura cristã referente a ele é positiva e realista. Na vida de Cristo, e sobre tudo na sua cruz, vemos seu valor redentor.O crucifixo não deve reduzir-se a uma dolorosa lembrança do muito que Jesus sofreu por nós. É um objeto no que podemos nos glorificar porque está transfigurado pela glória da ressurreição.Nossas vidas estão entretecidas de gozo e de dor. Fugir da dor e as penas a toda costa e procurar gozo e prazer por si mesmos são atitudes erradas. O caminho cristão é o caminho iluminado pelos ensinos e exemplos do Jesus.É o caminho da cruz, que é também o da ressurreição; é esquecimento de si, é perder-se por Cristo, é vida que brota da morte. O mistério pascal que celebramos nos dias do sagrado tríduo é a pauta e o programa que devemos seguir em nossas vidas.
Celebração

5ª FEIRA SANTA

-- E então num gesto supremo de amor, se rebaixa, se humilha, se ajoelha diante dos seus apóstolos para lavar-lhes os pés.
Tem uma cena muito importante que é a utopia cristã da felicidade. Jesus, depois de lavar os pés dos apóstolos, disse: VOCES ME CHAMAM DE MESTRE, SENHOR E ESTÁ CERTO. MAS SE FIZERDES O QUE EU VOS FIZ, VÓS SEREIS FELIZES. Então, esse dia é o dia do grande amor e da grande utopia da felicidade cristã. O jeito de sermos felizes é termos uma bacia de água nas mãos, para lavar os pés dos nossos amigos e dos nossos inimigos.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Estações da Via Sacra
Páscoa: festa dos judeus, dos cristãos e de todos os povos
A celebração pascal era originalmente uma festa agrícola, pastoril, quando os camponeses ofereciam, na primavera do hemisfério norte, os primeiros produtos de suas colheitas e rebanhos.
A partir desse substrato, por volta do séc. XII aC, a Páscoa começou a ser festejada também como memorial do acontecimento fundador da história do povo hebreu: o Êxodo, ou melhor, "os êxodos", tanto o do Egito - que acabou se tornando paradigmático - quanto os das cidades-estado da Palestina. Os relatos sobre esses eventos, que inclusive podem ser controlados pela ciência histórica e pela arqueologia, são muito marcantes nos livros bíblicos. Em ambos os casos os hebreus galgaram um estágio de vida de impressionante qualidade para a época, pois conseguiram passar/saltar de uma situação de opressão (alienação) para uma vida de liberdade (inclusão).
Essa realidade vital recebeu uma expressão religiosa, concebida como uma aliança entre Deus e o povo, cujo resultado prático foi a constituição de uma anfictionia de tribos, isto é, uma nação fraterna onde não havia espaço para a exclusão. Tudo era polarizado pela dignidade das pessoas: havia convivência e trabalho para todos, sem nenhum dos gravames que estorvam a vida concreta dos povos, tais como monarquia, exércitos, burocracia, impostos etc. Essa situação persistiu pelo menos até a época salomônica.
Com o advento do cristianismo, oriundo do próprio judaísmo, como se lê nos textos neo-testamentários, a Páscoa recebeu novo significado. Convictos de que Jesus de Nazaré era o Messias longamente esperado pelo povo hebreu, os cristãos começaram a celebrar a Páscoa também como passagem de um estado de morte (assassinato de Jesus) para um estado de vida (ressurreição). Com efeito, Jesus - assassinado em torno do ano 30 da nossa era, no tempo do imperador romano Tibério - depois que o seu túmulo foi encontrado vazio (cf Mt 28,6), a fé na sua ressurreição fez com que seus discípulos o reconhecessem como Filho de Deus, e o proclamassem como "Senhor" (Kýrios, em grego; Dominus, em latim, as línguas mais difundidas no Mediterrâneo), pois nele residia todo o poder de seu Pai, identificado com o Iahweh vétero-testamentário.
A Páscoa tem, enfim, além do seu significado estritamente religioso, um embasamento antropológico - e, por isso, ético -, no sentido que a aspiração a um estado de vida livre pertence à mais íntima estrutura de cada ser humano e de cada comunidade humana, podendo ser perfeitamente compreensível e vivenciado até mesmo por quem não se considera religioso.
Por isso, os ideais da Páscoa judaico-cristã não são mero privilégio confessional; eles podem ser vistos um como patrimônio comum de toda a humanidade, uma vez que todo ser humano é polarizado pelo bem, pela verdade, pela justiça e pela solidariedade. Cada membro da comunidade humana aspira, de fato, à passagem de um estado de opressão e morte para um estado de fruição de liberdade e vida feliz (cf Gl 5,1; Mt 5,1-11).
Domingos Zamagna
* Jornalista e professor de Filosofia em São Paulo
Ele carregou sobre si as nossas dores

Ninguém sabe exatamente a data na qual Jesus foi morto e, conforme o testemunho de seus discípulos, recebeu do Pai a vida nova da ressurreição. As celebrações da Semana Santa de cada ano têm como finalidade recordar o que aconteceu para atualizar as conseqüências salvíficas deste fato para os que hoje celebram a fé, mas também para toda a humanidade e até para o universo.
A Páscoa que começou como uma festa agrícola para festejar o inicio da primavera e celebrar a fecundidade da natureza que renasce depois de um inverno rigoroso, no decorrer do tempo, tornou-se para o povo hebraico a comemoração da passagem (daí vem o termo Páscoa) da escravidão para a libertação. Até hoje, as comunidades judaicas chamam a festa da Páscoa de "a estação de nossa liberdade". A celebração cristã da Páscoa herdou este caráter subversivo da celebração judaica. A ceia pascal de Jesus propõe uma partilha igualitária dos bens e pede que só se reconheça como Kyrios, Senhor, a Jesus Cristo ressuscitado. Como, no mundo antigo, este título era reservado apenas ao Imperador de Roma, a própria fé pascal tem um conteúdo crítico com relação ao império romano e a todos os impérios do mundo.
De fato, para Jesus Cristo, a Páscoa não foi uma festa religiosa. O Evangelho conta que ele foi a Jerusalém entre os peregrinos para participar da festa. Entretanto, não organizou a ceia pascal no templo e sim em uma sala que escolheu gratuitamente. Logo depois, o poder político, com a subserviência das autoridades religiosas, o prendeu e o condenou à morte como os romanos condenavam os rebeldes que se levantavam contra o poder imperial. E Jesus foi morto na cruz. A proclamação de que ele recebeu do Pai uma vida nova e está presente entre os seus é uma profecia de vida e sinal de vitória para todas as vítimas do mundo.
Crer na ressurreição de Jesus é mais do que aceitar que ele reviveu. É reconhecer que no destino pessoal de Jesus a quem o Pai livrou da morte e lhe deu uma vida nova, começou um destino de vida e vitória sobre o mal para toda a humanidade e que alcança até todo ser vivo. Por sua morte e ressurreição, Jesus inaugura a vinda ao mundo do que os Evangelhos chamam de "reino de Deus", ou seja, o projeto divino de paz, justiça e fraternidade universal que o Espírito realiza no mundo.
A Páscoa continua sendo atual. Assim como Jesus de Nazaré foi assassinado por um sistema opressor que o condenou à morte para perpetuar o seu domínio sobre o povo e a própria religião, cúmplice do Império, hoje temos um mundo inteiro crucificado no sentido de sacrificado para que os interesses dos grandes impérios e empresas continuem dominando. No plano mundial, a própria vida do planeta aparece ameaçada e os projetos aprovados pelos Estados para salvar a natureza são ainda tímidos e ambíguos. No plano político, o modelo atual de democracia parece gasto e pouco credível. Os poucos intentos de governos que procuram libertar-se dos condicionamentos do Império e servir aos mais pobres são classificados de extremistas e ditatoriais, enquanto os que, realmente, comandam as guerras e determinam as políticas de fome e miséria para continentes inteiros são considerados democratas e justos.
A mensagem da Páscoa é que, apesar de todos estes problemas, o Espírito que deu a Jesus de Nazaré uma vida nova inspira e impulsiona muitas pessoas a mudar esta realidade do mundo e ressuscitar da opressão o mundo todo. Evidentemente, este caminho não se dá de uma vez por todas, magicamente. É um processo e se realiza através da ação e do compromisso ético de todos os que crêem no futuro da humanidade e no amor divino que fecunda o universo. As Igrejas devem ser sinais disso. Em 1968, os bispos católicos da América Latina, reunidos na conferência de Medellín, Colômbia, se comprometeram a dar a Igreja um rosto de uma Igreja pascal. Uma Igreja pascal significa uma Igreja capaz de evoluir com a humanidade e que se define a si mesma como peregrina e missionária do reino de Deus ou seja deste projeto de um mundo novo. Para isso, os bispos propuseram que a Igreja se apresentasse sempre como Igreja pobre e despojada dos meios de poder, comprometida com a libertação de toda a humanidade e de cada ser humano em sua integralidade (Cf. documento de Medellín 5, 15).
No Brasil, muita gente valoriza as tradições religiosas da 6ª feira santa. Cada vez é maior o número de que celebram a Vigília Pascal, na noite do sábado, ou na madrugada do domingo. É a mais importante celebração cristã de todo o ano litúrgico. Santo Agostinho a chama de "mãe de todas as celebrações cristãs". São ritos antigos, constituídos de beleza e profundidade poética e profética. Mas, não podem ficar só no rito. A celebração pascal deve ser a proclamação de um mundo novo que começa e toma força na esperança e no amor de toda pessoa consagrada à vida. A figura do Cristo ressuscitado é primícia deste universo renovado, ao qual todas as pessoas que amam a vida e a justiça são chamadas a aderir e defender.
Marcelo Barros
* Monge beneditino, teólogo
terça-feira, 18 de março de 2008
Gratuidade e Vocação

A vida é uma caminhada que todos fazemos para o encontro definitivo com Deus.
Desde que nascemos, estamos a caminho. Ninguém pode dizer: " Eu não vou caminhar mais". Somos itinerantes no caminho da vida.
Já no Antigo Testamento, o povo eleito de Javé caminhava rumo à Terra Prometida. Deus o escolhera para libertá-lo da escravidão das mãos do Faraó. Moisés foi chamado a conduzi-lo pelo deserto para oferecer-lhe a ibertação. Poderíamos dizer que tudo isto foi um grnade gesto de gratuidade de Deus em favor de seu povo.
Falar em gratuidade, hoje, é evocar uma reflexão que não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. O capitalismo neoliberal que vivemos, não deixa espaço para que as pessoas possam praticar a caridade, pois isto é uma " perda de tempo e tempo é dinheiro", e quanto menos tempo perdemos, mais ganhamos, mais produzimos.
Com Deus isto é diferente. A vivência da vocação só é plenamente realizável quando, de "forma gratuita", doamos nossa vida aqueles que necessitam de nossa ajuda. Na primeira carta a Timóteo,São Paulo escreve assim:
" Nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma dele podemos levar" (6,7).
Tudo o que temos e somos é Dom gratuito de Deus. Não pagamos pela vida, nós a recebemos de graça, por isto somos convidados a agraciar os outros com nossa presença, e esta deve ser alegre e contagiante. Cada um de nós deve fazer frutificar em si o Dom de Deus que traz em seu interior.
Seja qual for a vocação a que somos chamados ( matrimonial - religiosa - sacerdotal - solteiro (a) ),só seremos realizados, quando vivemos na gratuidade. Da vida nada levamos, por isto nossa primeira obrigação é vivermos bem esta nossa vida: há quem diga por aí que depois que morremos, voltaremos para nos purificar, reencarnados em cachorros, gatos, patos ou até mesmo em uma violeta... nós cristãos e católicos qua acreditamos na ressureição não admitimos essa possibilidade. Deus nos dá uma única chance de vivermos neste mundo e nele construirmos nossa história. Portanto é nosso dever vivermos bem cada instante.
Talvez você esteja se perguntando: se vivemos uma só vez, por que então viver para os outros? Não seria mais lógico vivermos só para nós mesmos?
É, meu irmão, a lógica de Jesus é outra: " quem quiser ganhar a sua vida, vai perdê-la, mas quem a perder por minha causa, este vai ganhá-la... (Mc 8,35). E isto não é uma utopia, pois com certeza você já vivenciou em sua vida alguma situação assim e se não viveu ainda vai viver. Quando fazemos o bem, parece que ficamos mais leves, mais felizes, dizemos que ganhamos o dia e nosso interior irradia uma luz que contagia as pessoas que encontramos.
Se você sente o desejo de fazer o bem, não perca tempo, faça-o. Isto é viver bem nossa vocação, não se importe com o que os outros irão falar, é disto que dependerá sua felicidade, e com certeza você será mais feliz quanto maior for o bem que você fizer.
Fr. Lúcio Tardivo, scj - Taubaté -SP.
Sempre acolhendo nosso irmão!...

segunda-feira, 17 de março de 2008
Tipos de Orações Sacramentais.

Oração do Pai Nosso.
O Pai-nosso é a oração docristão por excelência. A tradição litúrgica atual propõe que o cristão o reze três vezes por dia como já faziam os cristãos no fim do primeiro século: na Oração da Manhã, na Celebração Eucarística e na Oração da Tarde.
Esta oração, ensinada por Cristo expressa tudo quanto o homem é chamado a ser. Atinge os três nós de relacionamentos do homem:
- Seu relacionamento com Deus, onde ele se coloca como filho, que por sua vida glorifica o nome de Deus. Fazendo sua vontade sempre e em toda parte, faz com que se realize o seu reino, para que assim Deus seja glorificado.
- Seu relacionamento com os bens criados. Ele pede o pão de cada dia:pede o dom da vida e não bens e riquezas em abundância.
- Seu relacionamento com o prósimo: um relacionamento de irmãos porque filhos do mesmo pai. Um relacionamento de amor que eige o perdão, a expressão maior do amor.
Finalmente, pede que Deus o sustente nas tentações: não que delas o presereve, pois podem constituir um bem, como oportunidade de crescimento. E o livre do mal, sendo o único verdadeiro mal o pecado.
Como vemos, o Pai-nosso constitui um verdadeiro programa da vida.
Via Sacra
Em quase todas as nossas antigas cidades brasileiras existe uma Rua ou Ladeira dos Passos. Não há Igreja que não ostente em suas paredes os quadros das estações da Via Sacra, que se tornou uma devoção popular.
A Via Sacra surgiu na Idade Média, época em que grandes santos, como São Francisco de Assis, começaram a contemplar sobretudo a face humana de Cristo, como manifestação do amor de Deus para com os homens. Aospoucos, no desejo de meditar sobre os sofrimentos de Cristo em sua paixão, foram surgindo as estações da Via Sacra.
É uma espécie de Celebração da Palavra de Deus, constando de reflexões bíblicas, canto de meditação e oração. Embora as estações não apresentem diretamente leituras bíblicas, constituem, no entanto, uma proclamação da Paixão de Cristo. Os participantes contemplam imagens, falam, caminham, param, genufletem, silenciam. Temos realmente uma participação ativa.
A devoção da Via Sacra nos põe sempre de novo diante dos olhos o Mistério do sofrimento. O exemplo de Cristo, que se humilhou até a morte e morte de cruz e de sua Mãe Santíssima, dá a todos nós forças necessárias nas adversidades da vida. Lembramos que o sofrimento faz parte da nossa vida e somente pela Cruz de Cristo ele será iluminado.
A meditação do amor de Deus manifestado nos sofrimentos de Cristo exige uma resposta: a conversão, o desejo de seguir os passos de Cristo nos sofrimentos, para participar de sua glória.
PERGUNTA:
1- Em que momentos do dia devemos rezar a Oração do " Angelus"?
a- 9h, 12h e 15h.
b- 12h, 15h e 18h.
c- 6h, 12h e 18h.
resposta: Letra "C".
Você Sabia?...

- Que a Páscoa é precedida da Quaresma?
- Que no período da Quaresma, os cristãos devem iniciar um processo de conversão através da penitência e da ajuda ao próximo?
- Que a Quaresma aparece registrada no começo do século IV no Oriente?
- Que o jejum é uma características da Quaresma? Ela simboliza os Quarenta anos que o povo de Israel viveu no Deserto, os quarenta dias de Elias no Monte Horeb e os quarenta dias de jejum de Jesus no deserto.
- Que a Quaresma inicia na 4ª feira de cinzas e termina no Domingo de Ramos quando começa a preparação para a Semana Santa?
- Que na Quaresma todo o cristão examina sua vida e retorna ao caminho de Cristo, em união com os irmãos?
Seja seguidor de Jesus e viva bem a sua Quaresma Alcance com alegria o ápice da celebração da Semana Santa: a " RESSUREIÇÃO do SENHOR".
Desejei ardentemente comer com vocês esta Páscoa
